Cláudia Campos, viúva de Champignon, falou pela primeira vez sobre a morte do marido, encontrado morto no dia 9 de setembro, com um tiro na boca em seu apartamento, em São Paulo. Em entrevista ao programa "Fantástico", no último domingo (15), ela desabafou e revelou como se passaram os últimos dias de vida do músico.
Diferentemente do que as irmãs do baixista acham, de que ele sofria de bipolaridade, Cládia afirmou que Champignon não tinha problema algum. "Ele era a pessoa mais maravilhosa desse mundo. Era um ser humano diferente, iluminado. Só quem conhecia sabe...", elogiou. "Ele não tinha problema com droga, nem com bebida. Ele gostava de uma cervejinha, mas não tinha problema com nada", garantiu.
9 de setembro de 2013
Grávida de cinco meses de uma menina, que será batizada de Mária Amélia, a viúva revelou como tudo aconteceu no dia em que o músico foi encontrado morto. Segundo fontes, eles estavam em um restaurante e se desentenderam antes de irem para casa. "A gente não brigou, eu apenas pedi para ele parar de beber, para o bem dele. E foi aí que ele ficou um pouco nervoso comigo", contou.
A partir disso, eles foram para casa de carro com um casal de amigos. "Chegamos em casa e parecia tudo normal. A gente não estava se falando, mas eu sabia que iria dar um beijo nele e iria ficar tudo bem... E ele parecia feliz, ele estava cantando no carro... Aí ele chegou em casa, subiu o elevador e foi direto pro quartinho", explicou.
Em seguida, Cláudia ficou preocupada e perguntou o que Champignon iria fazer. "Ele disse que eu ia ver o que ele ia fazer, mas ele fechou a porta e não deixou eu ver o que estava acontecendo. Pensei que ele ia pegar uma mala, sair de casa ou ir embora, não sei... Porque ele foi tão decidido ao entrar... Entrou em casa e correu direto pro quartinho. Aí eu ouvi o tiro...", disse, emocionada.
De acordo com a viúva, apesar de ver o marido decidido para realizar o ato, tudo não passou de um acidente. "Foi a fraqueza do minuto, do segundo... Impensado. Se ele pensasse no amor que tinha por mim, na vontade que tinha de ver a Maria Amelinha... Da gente ser feliz juntos, os três, ele jamais faria isso. O amor que ele tem pela mãe dele, pela Luiza...", disse, referindo-se à filha do músico de 7 anos, fruto de um relacionamento anterior.
Chalie Brown Jr.
Cláudia elucidou a situação, até então mal explicada, de que, desde a morte de Chorão, há seis meses, Champignon assumiu o Charlie Brown Jr. "Uma coisa que poucas pessoas sabem é o motivo de ele ter assumido o lugar do Chorão. Isso foi um desejo do Chorão. No penúltimo show do Charlie Brown, ele falou que precisava de umas férias e que a única pessoa que podia assumir o vocal seria ele, que ele queria que a banda não parasse e queria que o Champignon assumisse o vocal", revelou.
Segundo a viúva, por um pequeno grupo de fãs não saber desse motivo, o ex-baixista da banda foi crucificado com críticas pesadas. "Era uma pressão, uma ansiedade em cim a dele... Ele estava ali apenas tentando manter o legado. Ele precisava de aprovação, de respeito, e não teve isso", desabafou.