A morte de Aracy Balabanian, nesta segunda-feira (07), comoveu famosos e anônimos. A atriz de 83 anos lutava há dez meses contra um câncer no pulmão, mas não resistiu. Neste mês, iniciou-se a campanha nacional de "Agosto Branco", criada com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção da doença que, além de Aracy, também foi a causa da morte de Rita Lee e já afetou Ana Maria Braga e Ana Beatriz Nogueira.
Aracy, porém, não foi a única famosa a sofrer com a doença. Em maio, Rita Lee morreu após dois anos de luta contra o câncer no pulmão. No livro, "Outra Autobiografia", a cantora narrou detalhes de como foi a descoberta da doença. Inicialmente, a artista não quis enfrentar o tratamento, mas, após conversar com seu marido e filhos, mudou de ideia.
"O amor dos boys Carvalho/Lee me fez optar por aceitar fazer o tratamento, porque, se fosse por mim, adeus mundo cruel na boa", escreveu.
Os sinais mais frequentes para quem está com a doença são: tosse persistente, falta de ar, dor no peito, perda de peso inexplicável, fadiga e até mesmo tossir sangue.
Em 2020, Ana Maria Braga começou o tratamento contra a doença. Durante o "Mais Você" de 1º de agosto, a apresentadora revelou que o câncer havia se espalhado para outras partes do corpo e que ela tinha entre 10% a 20% de chances de cura. Apesar das poucas chances, Ana Maria Braga conseguiu se curar da doença.
Após o diagnóstico, existem diferentes terapias inovadoras para o tratamento, como é o caso da imunoterapia. "Por meio de estudos e pesquisas clínicas, avançamos no cuidado com o paciente, aumentando as chances de cura e melhora na qualidade de vida dos pacientes", explica Dra Márcia Datz Abadi, diretora médica da MSD Brasil.
"O estimulo do próprio sistema imunológico para o combate do tumor trazem maior conforto ", finaliza a médica.
Ana Beatriz Nogueira é outro exemplo de superação da doença. Em 2022, a atriz descobriu o câncer no estágio inicial e durante um exame de rotina. Após uma cirurgia para a retirada do tumor, a artista não precisou se submeter à quimioterapia.
Apesar de 85% dos casos de câncer de pulmão estarem relacionados ao tabagismo, esse não é o único fator que pode desencadear a doença. A poluição também pode afetar aqueles que nunca fumaram na vida, levando-os à doença.
De acordo com a OMS, cerca de 95% da população mundial respira ar poluído, sendo que exposição crônica à poluição pode aumentar, em até 30%, as chances de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão.
"Diversos agentes cancerígenos estão presentes na poluição do ar, tais como emissões de motores a diesel e gasolina, poeira de sílica e benzeno, processos industriais, fumaça de tabaco, combustão de carvão e emissão de materiais de construção e imobiliários", explica a Dra. Aknar Calabrich, oncologista clínica e membro do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC.
Segundo dados do Global Cancer Observatory, de 2022 a 2024, 49,9% dos novos casos de câncer de pulmão são projetados para homens; e 50,1% para mulheres. Entre 2038 e 2040, em comparação, 47,4% dos casos serão em homens ante 52,6% em mulheres. De acordo com especialistas da Global Cancer Reserach UK;
No Brasil, essa neoplasia ocupa a terceira posição entre as mais comuns em homens, registrando 18.020 novos casos por ano, e o quarto lugar em mulheres, com 14.540 novos casos anuais, excluindo o câncer de pele não melanoma.