O ex-lutador de boxe Maguila morreu nesta quinta-feira (24), aos 66 anos, em São Paulo. Essa é mais uma das mortes dos icônicos famosos que nos deixaram neste ano de 2024.
José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido por "Maguila", tinha encefalopatia traumática crônica, resultado dos golpes na cabeça que sofreu ao longo da carreira. O praticante de esportes também chegou a ser vítima de fake news.
Segundo informações do Estadão, a esposa de Maguila, Irani Pinheiro, há quatro anos, foi às redes sociais pedir às pessoas para pararem com a vinculação de notícias falsas ao nome do esposo. No vídeo arquitetado, mostrava o lutador pedindo para deixar a clínica em que estava internado: "Bom dia. Gente o povo continua postando mentiras, por favor."
Irani ainda complementou dizendo que pedia para as pessoas buscarem energias positivas: "Vamos orar, buscar energias positivas e não ficar postando mentiras, notícias falsas, coisas ruins. Estamos passando por uma tragédia. Pessoas a cada dia morrendo, por gentileza.", finalizou.
O boxeador, devido ao seu problema de saúde desde 2014, chegou a perder 40 quilos e passou a se alimentar pelo mecanismo da sonda. Seu estado chegou a ser terminal. Em momento algum Maguila teria sofrido abandono, segundo sua esposa.
No programa "Melhor da Tarde", com Cátia Fonseca, Irani disse que é inadmissível essa veiculação de fake news: "Mas as inverdades são impressionantes. É muito maior que o amor ao próximo.", relatou.
A própria apresentadora comentou que "as pessoas gostam de multiplicar o errado". Além disso, a companheira de Maguila também falou a respeito: "As pessoas pensam que é terra sem ninguém. Que não existe lei para isso. Quero deixar claro que faz 15 anos que o Maguila está doente.", complementou a mulher, fazendo referência às medidas jurídicas que estariam sendo tomadas com relação à veiculação das notícias falsas.
Irani falou que ainda não existia uma cura para a doença: "Ela é progressiva (...) Ele toma as medicações para o comportamento. Ainda não existe cura da doença.", complementou.
Irani ainda continuou, no bate papo com Cátia, dizendo que toda essa difusão de fake news estaria fazendo mal ao próprio lutador:
"Eles estão fazendo mal para o Maguila (...) Sabe que eu jamais iria fazer isso. Não só com o Maguila, com qualquer pessoa, porque isso aí é caráter. Eu sou muito parceira do Maguila.", contou.
De acordo com o g1, Popó (Acelino Freitas), também ex-lutador, chegou em 2018 a ir até as redes sociais para também contestar o "fatídico" vídeo que estava rolando a web. Disse que conversou com o amigo, e que ele estava bem:
"O Maguila está super bem. Falei cinco minutos com ele ontem, é tudo mentira. Maguila está lá sendo super bem tratado, a esposa dele, a família está dando um suporte a ele muito grande, muito bom.", disse Popó.
A publicação que circulou nas mídias dizia que supostamente Maguila estaria sendo impedido de deixar a instituição, por conta de proibições de sua esposa, e da própria clínica:
"Estou aqui nessa clínica internado, que a minha mulher me colocou aqui. Eu quero ir embora, mas a clínica não deixa. Estou há um ano e meio aqui. A clínica não quer deixar eu ir embora, porque é propaganda para a clínica. Ela não quer deixar eu ir embora. Eu quero uma força de vocês aí, meu povo, para eu ir embora daqui.", dizia o post.
Um suposto paciente teria conversado com o ex-lutador, e o incentivou a fazer a tal gravação, com ele orientando as palavras a serem ditas. Vale ressaltar que o indivíduo também já tinha deixado a instituição, e que Irani entrou com medidas judiciais, junto com a própria clínica, contra a família e a pessoa causadora dessa situação:
"O cara que fez esse vídeo é um ex-interno da clínica por dependência química (...) Foi uma grande maldade divulgar esta fake news", disse Irani. As informações são do g1.