Os ânimos seguem aflorados entre Príncipe Harry e a Família Real, apesar dos muitos rumores recentes de trégua. O motivo da nova polêmica entre o clã são as revelações sobre o caso de racismo sofrido pelo filho do duque de Sussex, Archie, nos bastidores da monarquia.
A história, revelada por Meghan e Harry em entrevista a Oprah Winfrey, voltou à tona nos últimos meses, por conta do lançamento da versão holandesa do livro "Endgame: Inside the Royal Family and the Monarchy's Fight for Survival". A publicação afirma que Rei Charles III e Kate Middleton seriam os responsáveis pelos comentários pejorativos sobre a cor da pele da criança.
No entanto, o livro nem mesmo chegou a ser vendido. A editora responsável tirou o produto de circulação, alegando um "erro de tradução", e a obra se tornou alvo de um grande impasse. O autor, Omid Scobie, afirma desconhecer a informação de que Charles e Kate foram os responsáveis pelos comentários racistas. "A versão inglesa do livro, a única que conheço, não tem nenhum nome", disse o autor em contato com o programa "Newsnight", da BBC.
As tradutoras do livro, no entanto, garantem que não foram elas que adicionaram os nomes. "Como tradutora, traduzo o que tenho na minha frente. Os nomes da realeza estavam lá. Eu não os acrescentei. Simplesmente fiz o que me pagaram para fazer, traduzir o livro do inglês para o holandês", disse Saskia Peeters ao site Daily Mail.
Apesar do impasse, a situação serviu para gerar ainda mais rusgas entre Harry, Meghan e a Família Real. De acordo com o tabloide britânico The Mirror, Rei Charles III e o Príncipe William teriam ficado magoados com o duque de Sussex porque ele nunca se pronunciou a respeito das graves acusações contra os parentes.
Em entrevista ao GB News, o especialista real Michael Cole concorda com a revolta dos monarcas e também defende que Harry e Meghan, cujo afastamento da monarquia completa 4 anos este mês, não deveriam permanecer em silêncio nesse caso.
"Teria sido extremamente sensato se Harry tivesse deixado claro que ele e sua esposa não eram as fontes da obra, que eles não mantinham o que havia sido escrito e que não o endossaram de forma alguma", comenta o especialista.