Charles Philip Arthur George assumiu publicamente a alcunha de Rei Charles III poucos minutos após a morte da Rainha Elizabeth II, aos 96 anos, ser anunciada ao público. Afinal, como manda a tradição, o trono nunca pode ficar vazio.
Ao longo dos próximos dias, o Rei Charles III assumirá uma série de compromissos dentro dos chamados Dias D como protocolo por conta da morte da Rainha (+ veja mais curiosidades sobre a monarca).
Rei Charles III é o monarca mais velho a assumir o trono na história da monarquia britânica. Desde os três anos de idade, ele é o próximo na linha de sucessão ao trono. Esse pode ter sido um dos motivos para o ex-Príncipe ignorar um dos direitos enquanto Soberano: ele poderia escolher algum dos seus segundos nomes para ascender ao posto, mas optou pela alcunha da qual já é conhecido há décadas.
No entanto, uma teoria tem chamado a atenção dos entusiastas da Família Real britânica: existe uma maldição no nome Rei Charles que levou os reinados dos monarcas anteriores a serem verdadeiros desastres. Entenda essa história!
O Rei Charles I, também conhecido como Carlos I, assumiu o trono em 1625, após a morte do pai, o Rei Jaime I. Nos primeiros anos de reinado, concordou em assinar uma petição onde era proibido de criar novas taxas sem o aval do parlamento.
No entanto, um ano depois, ele dissolveu o parlamento. Em 1640, ele reconvocou o parlamento para obter fundos para financiar uma ação militar, mas um ano se passou até que ele tentasse novamente dissolver o parlamento em benefício próprio.
Com a ação, a Revelação Puritana, uma guerra civil na Inglaterra, foi instaurada. De um lado, estavam os defensores de Carlos I; entre eles, latifundiários e líderes religiosos. Do outro, os Cabeças Redondas: defensores do parlamentarismo, apoiados pelos puritanos e presbiterianos.
Em 1646, Carlos I se rendeu e foi preso. Nos anos seguintes, ele até tentou recrutar uma tropa, mas os Cabeças Redondas venceram a batalha. Em 1648, o Rei foi condenado por traição. Em janeiro do ano seguinte, foi decapitado na frente do palácio de Whitehall, em Londres.
Charles II era filho do monarca anterior e ainda era uma criança quando foi alçado ao posto de Rei. Por conta dos conflitos que ocorriam no país, ele se exilou na França e ficou refugiado durante 9 anos no país. Em 1660, ele é convocado a retornar a Londres.
Embora o regime de Carlos II tenha sido marcado pela tentativa de resolver os conflitos religiosos e pela restauração da monarquia, foi durante o reinado dele que Londres vivenciou uma das maiores tragédias de sua história.
No dia 2 de setembro de 1666, um foco de chamas se iniciou em uma padaria. A princípio, as autoridades locais acharam se tratar de mais um incêndio comum e o Rei nem foi acionado. No entanto, o fogo se espalhou e ocasionou uma verdadeira catástrofe. As chamas duraram três dias e destruíram as partes centrais da cidade. O evento ficou conhecido como o Grande Incêndio de Londres.
A chama se espalhou muito rapidamente por conta da estrutura ainda precária da cidade, que tinha casas de madeira praticamente grudadas e ruas muito estreitas. O fogo arruinou o Distrito de Westminster e o Palácio de Whitehall e destruiu mais de 13 mil casas, a Catedral de St. Paul e mais de 130 edificações, entre prédios públicos e igrejas.
Segundo os registros oficiais, 9 pessoas morreram e 100 mil ficaram desabrigadas. No entanto, é estimado que esses números sejam muito maiores, já que a população das classes mais pobres não possuía registro.