A trágica morte de Marília Mendonça em um acidente de avião completa dois anos em 5 de novembro e nesta quarta-feira (4) o inquérito que investigou as causas da queda da aeronave foi finalizado, e o caso, arquivado. Além da "Rainha da Sofrência", cuja vida será retratada em filme, a tragédia em Piedade de Caratinga (MG) matou outras quatro pessoas, inclusive o piloto (Geraldo Medeiros) e copiloto (Tarcísio Viana).
Segundo o laudo, os pilotos foram considerados culpados pelo acidente e como foram vítimas fatais, não podem ser responsabilizados, levando o caso ao arquivamento. Em maio, chegou a circular a notícia que os cabos de energia elétrica que estariam na rota do avião eram um obstáculo no caminho e, assim, determinantes para a tragédia.
Ivan Lopes, delegado de Caratinga, apontou negligência e imprudência por parte de Geraldo e Tarcísio. Isso porque a equipe responsável pelo voo não realizou contato com outros pilotos para poder fazer o pouso em segurança em um aeródromo, e o local não era de conhecimento nem de Geraldo e nem de Tarcísio.
A investigação final apontou homicídio culposo triplamente qualificado e descartou hipóteses como falha mecânica, atentado e mal súbito. É importante lembrar que os cabos de alta tensão, segundo o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), não interferiram na tragédia, uma vez que estavam localizados abaixo do campo de visão de piloto e copiloto.
Apesar disso, há pouco de mais de um mês, a Cemig (empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Minas) instalou uma esfera em um dos cabos de uma torre como forma de sinalizar perigo no local. Além de Marília, Geraldo e Tarcísio, a queda do avião vitimou Abicieli Silveira (assessor da cantora) e Henrique Bahia (produtor).
A conclusão do inquérito acontece quatro meses após a Justiça se posicionar em relação a um homem que pediu uma quantia milionária à família da artista.