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A morte do coreógrafo Fábio de Mello gerou uma confusão e fez o artista do carnaval ser confundido com o padre Fábio de Melo. Com passagem vitória pela Imperatriz Leopoldinense, escola que afastou Rafa Kalimann do desfile desse ano, o artista tinha 61 anos e morreu de causas não reveladas nesta terça-feira (28) em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro.
Como possuem nomes praticamente iguais - o coreógrafo tinha um "L" a mais no sobrenome -, gerou-se a confusão. "Acho que é mentira, gente. Vi em uma matéria, bem de relance pelo computador, e estava escrito que o padre Fábio de Melo morreu, mas não tem nada de notícias aqui no Twitter. E o Google só mostra que ele falou sobre depressão", escreveu uma pessoa na rede social X (ex-Twitter e alvo de bloqueio no Brasil em 2024).
Teve quem relatasse que pessoas próximas ficaram tristes com a morte do coreógrafo achando se tratar do padre, que tem 53 anos.
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Formado pelo Conservatório de Amsterdam, o coreógrafo teve passagem marcante pela Imperatriz Leopoldinense entre 1992 e 2007. Nesse período, foram cinco títulos, todos em parceria com a carnavalesca Rosa Magalhães, que morreu em 2024. Fábio foi quem coreografou as comissões de frente da escola de Ramos.
Em 1994, os artistas abriam e fechavam leques como se fossem membros da corte francesa. Três anos mais tarde, os membros da comissão traziam saias que reproduziam as teclas de um piano. Demitido da escola em 2007, chegou à Mocidade em 2008, ano em que defendeu também a Estácio de Sá (do Grupo de Acesso).
Fábio ficou na Mocidade até 2009 e depois passou pela Viradouro e Beija-Flor, retornando à Imperatriz em 2015, seu último trabalho.