Pouco depois de a agressão de Lirio Parisotto a Luiza Brunet completar um ano, o empresário foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Nesta segunda-feira (05), a juíza responsável pelo caso, Elaine Cristina Monteiro Cavalcanti, indicou na sentença que o ex-namorado da modelo precisará passar um ano detido, dois sob vigilância, além de cumprir serviço comunitário por outros doze meses.
A modelo - que voltou a desfilar pela Imperatriz Leopoldinense neste Carnaval - se posicionou sobre a decisão da Justiça. "Nestes últimos meses, aprendi mais sobre solidariedade. Recebi, de homens e mulheres, apoio e carinho com uma força enorme. A todos, minha imensa gratidão. Não foi fácil me expor, nem será apagar as marcas que a violência me deixou. Mas o que, ontem, foi vergonha e medo, hoje, é força e uma certeza: seguir no combate à violência contra as mulheres. Dei um importante passo, tive coragem para mudar e sempre fiquei ao lado da verdade", esclareceu em comunicado enviado ao Purepeople a mãe de Yasmin Brunet, de quem já recebeu broncas.
Durante um ciclo de palestras promovidas pelo jornal "O Globo" em abril deste ano em um shopping no Rio de Janeiro, a ex-namorada de Lirio Parisotto contou um episódio com a filha sobre assédio. "A Yasmin está aqui e ela lembra disso. Já aconteceu no aeroporto", indicou a artista, que sofreu bullying na infância por conta do vitiligo. A loira, por sua vez, afirmou que sua sororidade aumentou com o passar dos anos. "As mulheres precisam ser amigas e apoiar umas às outras. Algumas mulheres pedem direitos iguais, mas fazem coisas que vão contra as outras. Não adianta reclamar que os homens te xingam e fazer isso você mesma com outra mulher. Não pensava assim, do jeito que eu penso agora, porque fui condicionada (a ver outras mulheres como rival). Às vezes não ensinam por mal: faz parte de uma cultura toda que está errada", indicou a modelo.
(Por Marilise Gomes)