A escolha por Jayme Matarazzo ser o intérprete do vilão Fernão na novela "Tempo de Amar" nada tem a ver com o pai do ator, Jayme Monjardim, diretor da obra. Em entrevista ao Purepeople, o artista afirma ter sido convidado para viver o personagem pelo autor da trama que terá os estreantes Vitória Strada e Bruno Cabrerizo como os protagonistas Maria Vitória e Inácio. "Esse papel eu recebi através do Alcides Nogueira, assim como em 'Sete Vidas' foi através da Licia Manzo. É muito bom um autor querer te ter na obra dele e também é engraçado e curioso o seu pai ser o diretor", afirma Jayme.
Refutando a ideia de ter qualquer tipo de privilégio por ser filho de Jayme Monjardim - de quem afirma levar broncas no set de gravação - Jayme Matarazzo diz que ainda não pode se dar ao luxo de escolher qual personagem irá interpretar nas telenovelas. "Esse papo nunca teve. Isso de escolher personagem é um estágio que se alcança mais para frente na carreira. Hoje, tenho tentado me abrir e estar disponível aos personagens que me encontram", fala o ator. "Eu encaro desafios. Tenho uma carreira bacana, mas ainda breve. Quero ir muito longe e fazer muitos personagens. Mas, agora, quero escolher menos e matar no peito mais", completa o marido de Luiza Tellechea.
Depois de interpretar oito personagens mocinhos na TV, como o complexo Pedro em "Sete Vidas", em 2015, Jayme Matarazzo encara o desafio de compor seu primeiro vilão. A experiência, segundo o ator, não poderia estar sendo melhor: "Com certeza me divirto mais. O vilão é um personagem imprevisível do perigo. A qualquer momento você tem uma explosão, uma virada, uma surpresa, e normalmente em quantidades maiores do que os mocinhos. Essa imprevisibilidade do vilão é o que me instiga. Saber que o meu personagem pode explodir alguma coisa a qualquer momento dá um tesão diferente".
Dividindo as vilanias da trama com Letícia Sabatella, que dará vida à invejosa Delfina, Jayme também afirma esperar a resposta dos espectadores com seu personagem. "Estou super contente em ter a liberdade de as pessoas me odiarem. Vindo de oito personagens muito corretos, poder esperar outra reação do público tem sido muito legal. Minha mulher falou para mim: 'Amor, você vai ter que trabalhar muito para saber curtir que as pessoas te odeiem e saber que aquilo é seu personagem'", conta.
(Por Carol Borges)