Sucesso no programa "Masterchef Brasil", da Band, com seu jeito direto, mas ao mesmo tempo emotivo, além de seu sotaque enrolado, o chef Erick Jacquin polemizou ao falar sobre o tradicional prato dos brasileiros: arroz, feijão e farofa. "Todos os países onde as pessoas comem farinha, arroz e feijão tinham ou têm problema de gente passando fome. É coisa da Índia, da China, do Brasil. O cara enche a barriga, a fome passa", disparou em entrevista à revista "Veja".
Uma das grandes polêmicas no último "Masterchef Profissionais", que teve Dayse como campeã, girou em torno das atitudes machistas do participante Marcelo, que negou o preconceito. Para Jacquin, foi colocada uma lente de aumento neste caso. "Não há sexo dentro da cozinha. Há cozinheiro. A polêmica foi exagerada. E vou esclarecer uma coisa: dentro de uma cozinha, não temos tempo de falar 'por favor, querida'. É 'vá lá pegar o sal, pô!'. Não há tempo para ser carinhoso", esbravejou. Vale lembrar que após deixar o programa, a própria Dayse garantiu que não se sentiu incomodada pelas atitudes de seu companheiro de programa.
Quem vê o sucesso de Erick Jacquin na frente das câmeras nem imagina que o chef de cozinha passou por maus bocados quando veio para o Brasil e abriu o seu restaurante em São Paulo. "A falência foi o grande problema da minha vida, mas consegui virar a página: fechei meu restaurante e estou pagando tudo o que devo. Não tenho vergonha nenhuma. Hoje, sinto minha cabeça leve a esse respeito. Respondi a muitos processos trabalhistas, mas, graças a Deus, o sufoco já está acabando", contou. O chef, que recebeu elogios rasgados de Paola Carossella recentemente, culpou a legislação trabalhista brasileira por parte do fracasso de muitos empreendedores no Brasil. "A legislação trabalhista no Brasil é a maior vergonha do mundo. Há muita gente querendo empregar, mas ninguém quer se arriscar. Nunca mais vou assinar uma carteira de trabalho", disparou.
Com fama de 'fofinho' entre os participantes do reality culinário, Jacquin assume que nem sempre foi assim. "Quem inventou a comida foi Deus, mas quem inventou o cozinheiro foi o diabo. Os chefs são capetas metidos e pretensiosos. Mas a culpa é dos críticos gastronômicos, que dizem que o sujeito faz uma comida divina e publicam uma foto dele todo bonitão. Elogios sobem à cabeça", brincou. Mas garantiu que hoje em dia é bem diferente: "Virei um docinho de coco".