Dayse Paparoto superou Marcelo Verde, que negou machismo à concorrente, e venceu com três pontos de diferença a primeira edição do "MasterChef: Profissionais", levando o grande prêmio de R$ 170 mil, um carro da marca Nissan Kicks e a consultoria de um empreendedor para poder ter seu próprio negócio, nesta terça-feira (13). A cozinheira de 31 anos, que é evangélica, dedicou sua vitória a Deus. "É para Ele, é tudo para Ele", comemorou a paulista.
A disputa foi bastante acirrada e a participante preparou um menu degustação com oito pratos: dois aperitivos (vieira negra e sopa de castanha), duas entradas (gnochi romano com especiarias e escalope de foie gras com redução de uva), dois pratos principais (atum ao poivre e dryaged com glaçagem) e duas sobremesas (panacotta de cereais e fudge de chocolate com sorvete de baunilha), além de receitas autorais.
A ideia de Dayse foi misturar o sabor das comidas simples da cidade aonde foi criada, em Mogi Das Cruzes, com restaurantes estrelados onde já trabalhou, por isso nomeou sua apresentação como "De Mogi para o Mundo".
No primeiro round, ela se destacou ao servir de amuse bouches e entrada vieira negra feita com carvão e uma sopa de castanha portuguesa, enquanto Marcelo conquistou o paladar dos chefes no segundo round ao apresentar purê de berinjela com siri e molho de mexilhão, desbancando a carne maturada com palmito e farofa de tutano da chef. Mas a jovem mostrou ser merecedora do troféu na fase da sobremesa e assumiu novamente a liderança ao apresentar o fudge com sorvete.
Ana Paula Padrão e Paola Carosella fazem discurso emocionante
Dona de um curso de empoderamento feminino, a apresentadora relatou a história da participante na temporada e Paola Carosella a exaltou, reforçando sua força, as piadas na cozinha, a importância que representa para as mulheres que são alvo de machismo após ser apontada como a menos "ameaçadora" pelos outros candidatos.
"Você escolheu uma profissão dominada pelos homens, como eu e como a Ana Paula. Não é nada fácil. Às vezes, a gente tem que ouvir umas idiotices que eu vou te falar. Você não está aí por ser mulher, você está aí por ter um talento inacreditável", disse a argentina, acrescentando que ela e os jurados Henrique Fogaça e Erick Jacquin não avaliam "gênero, cor, cintura ou altura":
"Nós vemos pessoas e nosso trabalho é julgar pessoas. Pratos que têm autenticidade, sabor e alma. A sua comida tem tudo isso. Você pode ganhar essa competição, não importa. Mas você já ganhou uma coisa que talvez você não saiba. Você abriu os olhos das pessoas para que elas olhem sem gênero", concluiu a chef.
(Por Rahabe Barros)