"Renaissance", novo álbum de Beyoncé lançado na sexta-feira (29), é o assunto do momento: repleto de muito conceito, referências e curiosidades (veja aqui uma lista completa!), o sétimo projeto em estúdio da cantora - primeiro solo em um período de seis anos após "Lemonade" - também "entrega tudo" quando o assunto é moda.
Consciente do quanto os looks e escolhas do mundo fashion podem se relacionar com os aspectos que os ultrapassam, Beyoncé não deixou passar nenhum detalhe. A seguir, o Purepeople reuniu as principais provas disso:
A capa de "Renaissance" traz Beyoncé montada em um cavalo brilhante e prateado: seu look foi desenvolvido pelo artista norte-americano Nusi Quero. Ele é um nome em ascensão no cenário internacional pelo conceito de "arte vestível", criada em impressoras 3D.
O outfit usado por Beyoncé, no entanto, foge à regra: segundo o designer, ele pesa menos de 500 gramas e foi criado com elementos metálicos depois de um garimpo de diferentes objetos na Fashion District, em Los Angeles, nos Estados Unidos. Nesse local, é possível encontrar um verdadeiro mercado a céu aberto de moda, perfeito para quem quer ficar mais atento à sustentabilidade da moda.
"Passei algumas semanas brincando com os materiais e conectando os elementos, como os spikes, porque uma vez que vai ao corpo precisa ser forte e flexível. Não é uma moda tradicional, não são tecidos", disse em entrevista ao "Nossa Moda".
Em sua carta aberta sobre "Renaissance", Beyoncé define o projeto como "um lugar para ser livre de perfeccionismo e pensamento excessivo, onde podemos gritar, soltar, sentir liberdade" e isso também se reflete na aposta dela pela inovação, incluindo em seu figurino de jovens designers emergentes.
Uma delas é a ucraniana Natalia Fedner, com proposta sustentável e vegana: ela foi criadora do casaco de pele e do tapa-seio usado pela diva pop. Outra é a designer australiana Bethany Cordwell, que assina o body preto e branco de inspiração retrô.
Outro ponto importante dos figurinos do novo álbum de Beyoncé é a intensa ligação com a Alta Costura: casas tradicionais da moda não ficaram atrás.
Algumas delas são Dolce & Gabbana (no puffer vermelho superestruturado é da coleção Outono-Inverno 2022 da marca italiana), Gucci (o vestido prateado e rico em plissados é o look 41 da coleção Love Parade), Schiaparelli (o bustiê estruturado que exala a década de 1980!) e Mugler (em corset estruturado e metálico).
Um dos "ditados" que regram o mundo da moda é de que "menos é mais", muitas vezes. Essa é outra prova de que "Renaissance" quebra padrões. Responsável por usar os maiores diamantes amarelos do mundo em campanha anterior da joalheria Tiffany, Beyoncé dá espaço para o maximalismo.
O excesso de materiais, texturas e volume é uma marca do álbum: rendas e penas valorizam o shape do longo Alaïa, tridimensionalidade marca o body que remete a um chifre de touro, criado pelo espanhol Luis Javier. Abaixo, você confere mais da moda ousada e única de Beyoncé em "Renaissance".