
As rainhas de bateria e musas foram destaques na segunda noite de desfiles no Carnaval de São Paulo. Sete escolas de samba encerraram os trabalhos no Sambódromo do Anhembi na noite deste sábado (01).
A primeira escola a cruzar a avenida foi a Águia de Ouro, que trouxe um enredo em homenagem ao cantor Benito Di Paula. Única estreante entre as rainhas de bateria no Carnaval 2025, a empresária Renata Spallicci elegeu uma fantasia toda azul com referências à ancestralidade cigana e “à alma livre” do artista, segundo ela.
Em seguida, foi a vez da Império de Casa Verde. Com o enredo “Cantando Contos. Reinos da Literatura”, a escola trouxe a proposta de desconstruir histórias clássicas de quadrinhos e contos de fadas. Theba Pitylla brilhou como rainha de bateria pela terceira vez vestida de “Mulher-gato”.

A Mocidade Alegre entrou na avenida em busca do segundo campeonato consecutivo com o enredo "Quem não pode com mandinga não carrega patuá". Além da rainha de bateria, Aline Oliveira, um dos grandes destaques da noite foi a musa Thelminha. A médica celebrou 20 anos de escola e surgiu deslumbrante com uma fantasia em homenagem aos malês.
Gaviões da Fiel foi a quarta escola e trouxe um enredo afro pela primeira vez em sua história, “Irin Ajó Emi Ojisé”. Sabrina Sato representou a “rainha de todos os ritmos” e levou o Anhembi à loucura. Alessandra Negrini brilhou como musa, enquanto Fernanda de Freitas foi destaque em um carro.
A Acadêmicos do Tucuruvi entrou na avenida para contar a história de resistência dos povos indígenas Tupinambás de Olivença. A rainha de bateria, Carla Prata, encarnou uma onça melancia em uma produção quase teatral. Ela desfilou com próteses no rosto e na boca para recriar os traços do animal.

A Estrela do Terceiro Milênio resgatou a história da comunidade LGBTQIA+ com uma proposta ousada. Sem rainha de bateria, quem reinou à frente dos ritmistas foi Milton Cunha. Em um dos momentos mais emocionantes da noite, Silvetty Montilla foi aclamada pelo público como destaque de um dos carros. A drag queen aguarda um transplante de rim e recebeu liberação médica para desfilar.
A Vai-Vai encerrou a noite com uma homenagem ao diretor Zé Celso Martinez, morto em 2023 após um incêndio em seu apartamento. Enquanto a rainha de bateria Madu Fraga representou Exu, Luciana Gimenez voltou à avenida como madrinha de bateria vestida de Pomba Gira.