Rachel Sheherazade viu ser derrubada a ação que moveu contra o SBT em alegação de fraude contratual. Dessa forma, a ex-apresentadora do "SBT Brasil" e dona agora de um grande contrato deixará de receber cerca de R$ 8 milhões. A decisão foi tomada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Em decisão anterior, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) deu ganho de causa favorável a Rachel, desclassificada de "A Fazenda 2023" em meados de outubro, contratada pela rede paulista como PJ (Pessoa Jurídica) ao invés de seguir as normas da CLT. Agora, além de não precisar indenizar a sua ex-apresentadora, o SBT se livra ainda de acusações de assédio e censura (em relação aos seus comentários no telejornal) e de lhe pagar R$ 500 mil por danos morais.
"Julgo procedente o pedido de forma que seja cassada a sentença impugnada e, desde logo, julgo improcedente a ação trabalhista em trâmite no Tribunal Superior do Trabalho", disse o ministro.
Vale lembrar que Rachel processava Silvio Santos por fala do dono da emissora paulista durante o "Troféu Imprensa". Premiada como Melhor Apresentadora de Telejornal em 2015, pelo Troféu Internet, a jornalista ouviu no palco que foi "contratada apenas para ler notícias e não para dar sua opinião".
Curiosamente, em 2011, ela havia sido contratada pelo SBT para emitir opiniões em um jornal após criticar o carnaval em um telejornal de João Pessoa em afiliada do próprio SBT. O desgaste entre SBT, Rachel e Silvio aumentou ainda mais no final dos anos 2010, culminando em sua saída da TV em 2020, seis anos após ter seu programa de debates prometido cancelado.
Ainda naquela cerimônia do "Troféu Imprensa", Rachel classificou de "humilhação" a fala de Silvio quando ele disse a ter contratado por conta da "sua beleza" e que ela quisesse "falar sobre política, compre uma estação de TV e faça por sua própria conta".
A apresentadora acusou o dono o SBT de atitude "depreciativa, preconceituosa, vexatória, humilhante e constrangedora", além de acusar Silvio de "machista".