O SBT pode entrar com um processo contra sua ex-apresentadora Rachel Sheherazade por fortes acusações de censura que envolvem Silvio Santos feitas pela jornalista em "A Fazenda 2023 ". Rachel está há apenas uma semana confinada, já se envolveu em discussões e deu a entender que irá desistir do jogo muito em breve. Mas o que a ex-pupila do dono do SBT, à espera do 14º neto, falou que pode levá-la a encarar a Justiça?
Em conversa com Henrique Martins, o nadador envolvido em pedido de expulsão contra Cariúcha, Rachel contou sem citar o nome de Silvio e do SBT que desagradou profundamente a emissora por ter emitido uma opinião a favor da Palestina. Não custa lembrar que o dono da emissora paulista é filho de judeus.
"Naquele momento, era um momento em que os palestinos estavam sendo as vítimas do conflito. Fui chamada à punição porque o dono da emissora era judeu, e eu não poderia dar aquela opinião. Mas eu dei. Eu me colocava o tempo todo na berlinda", disparou
"Para você ser sincero, você tem que ser corajoso. Quem é corajoso demais é o primeiro a perder o pescoço", completou a ex-"SBT Brasil", telejornal que ancorou de 2011 a 2020, período no qual colecionou várias polêmicas. Em outro momento, Rachel disse que havia interferência do governo federal na pauta do telejornal.
De acordo com o "Notícias da TV", o SBT estuda sim processar Rachel para ela provar as suas acusações. O Purepeople procurou a assessoria do canal paulista neste domingo (24) mas não obteve retorno até o momento de conclusão da matéria.
A "lua de mel" entre Silvio, SBT e Rachel terminou em 2020 quando Rachel foi demitida. A jornalista acusou o ex-patrão de misoginia, afirmou não ter recebido o valor correto de 1/3 de férias, e ganhou R$ 500 mil de indenização (curiosamente 1/3 do valor do prêmio de "A Fazenda").
Por outro lado, não pode citar o nome da emissora paulista e nem do antigo patrão. Silvio e SBT igualmente não podem falar o nome de Rachel. A tudo isso lembra-se que o SBT prometeu um programa próprio para a apresentadora, mas sequer saiu do papel.
Recorda-se ainda que entre 1988 e 1997, Bóris Casoy foi o primeiro âncora-comentarista do SBT, à frente do "TJ Brasil". Anos mais tarde, Carlos Nascimento também teceu comentários no "Jornal do SBT".