A morte de Cid Moreira completa três semanas nesta quinta-feira (24) e a cada dia um novo capítulo é adicionado na disputa pelo patrimônio milionário do jornalista. De um lado, os filhos, Roger e Rodrigo, que já fizeram pesadas acusações contra o pai. De outro, Fátima Sampaio Moreira, viúva do ex-apresentador do "Jornal Nacional", também alvo de acusações deles sobre a suposta venda "a preço de banana" de imóveis de Cid.
Depois do Ministério Público do Rio de Janeiro abrir denúncia contra Roger e Rodrigo, o advogado Angelo Carbone, que representa os rapazes, entrou na Justiça com um pedido de habeas corpus a favor de seus clientes. De acordo com a colunista Fábia Oliveira, do "Metrópoles", o inquérito contra Roger e Rodrigo foi aberto a partir de denúncias realizadas pelos próprios filhos de Cid.
Acontece que essa ação na Justiça teve início quando os irmãos acusaram de negligência contra Cid, a essa altura já supostamente precisando de cuidados. Porém houve uma reviravolta e agora Roger e Rodrigo é que entraram no centro do furacão por possíveis injúrias tanto contra o pai quanto contra Fátima, que conheceu Cid durante momento de lazer do jornalista.
Carbone alega que houve "desvio de finalidade" e "abuso de poder", além de negar qualquer fundamento nas acusações contra seus clientes (Roger e Rodrigo). Com isso, o advogado quer que os irmãos sejam ouvidos para se defenderem.
Caberá ao Ministério Público a decisão e há uma hipótese de indiciamento formal dos filhos de Cid. Enquanto isso, Carbone tenta suspender o indiciamento de Roger e Rodrigo, alegando que a medida foi "indevida" e "precoce". Não custa lembrar que Cid deserdou os dois filhos e refazia anualmente seu testamento - Roger e Rodrigo querem anular o documento redigido pelo pai.