A prisão de Daniel Alves completa 14 dias nesta sexta-feira (3) e um par de tênis tanto pode ajudar a complicar a situação do lateral como auxiliar em sua defesa (entenda nos tópicos abaixo). O jogador está preso em acusação de estupro contra uma jovem de 23 anos - cuja identidade continua preservada - no dia 30 de dezembro em boate da Espanha.
Desde a prisão e após apresentar três versões para a acusação, Daniel já perdeu o contrato com o Pumas, do México, e viu nascer rumores de um fim de casamento com a modelo Joana Sanz. Atrás das grades, atraiu a atenção de outros detentos ao jogar bola e fez uma exigência aos responsáveis pelo presídio.
Por outro lado, vem cumprindo as regras do local, como o uso de cerca de R$ 500 para comprar itens para uso dentro do presídio. Já nesta sexta, novos depoimentos serão colhidos, como de funcionários da boate.
O tênis pode ser a peça-chave do caso de acusação de estupro contra o lateral da Seleção brasileira pois o calçado aparece no reflexo de um espelho do banheiro da boate. Apesar do calçado aparecer em imagens do circuito de segurança do estabelecimento, não se pode ver Daniel Alves. É aí que começa o embate entre defesa e acusação.
Os defensores do lateral vão tentar provar que o jogador entrou primeiro no banheiro e, dois minutos depois, a jovem. E que ela agiu por vontade própria, ou seja, Daniel não teria envolvido a denunciante em qualquer "situação de dominação ou medo".
Além disso, a defesa tenta argumentar que os tais tênis vistos nas imagens não pertencem ao jogador, relata o jornal "La Vanguardia".
Já a acusação quer provar que os tais tênis são sim de Daniel Alves. Os advogados que defendem a jovem vão usar esse argumento para acusar o lateral de segurar a porta para a denunciante entrar no banheiro. Por fim, devem dizer que as imagens, mesmo sem a presença de Daniel, vão reforçar o motivo dele ter mudado de versões para a acusação algumas vezes.
A jovem também afirma ter demorado a deixar o banheiro, onde houve o estupro, segundo ela, temendo ser agredida ao deixar a boate. Ou que em sua bebida fosse colocada alguma coisa.