Mara Maravilha causou polêmica com as revelações feitas em entrevista ao programa "Fofocalizando", do SBT, exibido nesta quarta-feira (19). A apresentadora remoeu, mais uma vez, a polêmica com Xuxa e contou uma situação constrangedora a qual foi exposta por Marlene Mattos, ex-diretora da Rainha dos Baixinhos.
"A própria Marlene Mattos, um dia, fez uma colocação e na época, me senti ofendida. Ela falou assim: 'Mara, sua sorte é que você tem literalmente talento e talento não envelhece'. Eu falei pra minha saudosa mãe: 'Ela me chamou de feia?'. Minha mãe: 'Não, não liga pra isso. Marlene faz pela Xuxa o que eu faço por você'. Mas hoje eu entendo", relatou Mara.
Nos dias de hoje, Mara não guarda rancores de Marlene. A prova disso é que a apresentadora rasgou elogios públicos à diretora em meios às acusações polêmicas de Xuxa no documentário do Globoplay. "Tu é MM! Sempre foi e sempre será!", disse a ex-contratada do SBT.
Ainda em entrevista ao "Fofocalizando", Mara negou que tenha elogiado Marlene por conta de mágoas com Xuxa. "Eu tenho lembranças de presentes e presentes. Eu tenho um capítulo lindo com ela [Xuxa]. Se apagou pra ela, se no coração dela apaga, no meu não apaga", disparou a morena.
Outro momento da entrevista de Mara ao "Fofocalizando" que deu o que falar foi a alusão ao racismo por conta de ter sido excluída do grupo de Xuxa, Eliana e Angélica. A inimizade das três loiras com a ex-concorrente morena voltou a ser assunto após o anúncio de que o trio vai se apresentar junto no "Criança Esperança", da TV Globo.
"Eu não preciso [fazer parte do grupo] porque eu respeito a etnia, a diferença social. Eu não preciso. A minha carreira foi pautada com o meu talento, com as minhas conquistas, aqui no SBT, na Record, no exterior, com os milhões de discos que alcancei. Eu também já tive eventos com milhões de pessoas, mesmo sendo assim, morena. E se eu fosse preta? Entendeu? E se eu fosse... tal?", iniciou Mara.
A intérprete de "Curumim Iê Iê" foi além e comparou: "Você numa escola com um monte de loirinhas, aí você é rejeitada. Isso não é o racismo?".
Embora a exclusão de Mara de um grupo de três mulheres loiras obviamente não seja um caso de racismo, vale reforçar que o chamado "racismo reverso" não existe, como explica a filósofa Djamila Ribeiro em seu livro "Quem Tem Medo do Feminismo Negro?".
"Racismo é um sistema de opressão e, para haver racismo, deve haver relações de poder. Negros não possuem poder institucional para ser racistas. A população negra sofre um histórico de opressão e violência que a exclui. Para haver racismo reverso, precisaria ter existido navios branqueiros, escravização por mais de trezentos anos da população branca, negação de direitos a ela", diz Djamila na obra.