A Globo bateu o martelo e vai manter Cassia Kis na novela "Travessia" até o fim. Intérprete da Cidália, a atriz foi alvo de "cancelamento" na web depois de uma polêmica entrevista com teor homofóbico e contra o aborto. Paralelamente, a artista de 67 anos participou de manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e acabou denunciada por funcionários da emissora carioca.
A Globo chegou a cogitar a saída de Cassia da novela das nove através dos diretores José Luiz Villamarim e Ricardo Waddington. Porém, chegou-se a conclusão que caso a atriz deixasse a história os prejuízos seriam maiores.
Além disso, na opinião de executivos da emissora do Jardim Botânico não se pode controlar manifestações políticas ocorridas fora da emissora. A Globo levou em conta também que Cassia poderia dar novas entrevistas com o mesmo grau de polêmica se deixasse a rede, de acordo com o "Notícias da TV" .
Para completar, Cassia sempre é pontual e não atrapalha no cronograma das gravações da novela das nove que vem colecionando críticas nas redes sociais. Já a artista revelou sua aposentadoria das novelas com o fim de "Travessia", porém seguiria se dedicando a séries, por exemplo, como a terceira temporada de "Desalma".
Com 43 anos de trabalhos na TV, a atriz acumula papéis memoráveis. Em 1979 viveu a Flávia de "Cara a Cara", na Band. Em 1984 fez sua primeira novela na Globo, "Livre Para Voar". No ano seguinte, foi a Lulu de "Roque Santeiro". E em 1988 deu vida a Leila, assassina de Odete Roitman de "Vale Tudo".
Cassia interpretou ainda a Maria Marruá de "Pantanal" e a Ana Lúcia de "Barriga de Aluguel", ambas em 1990. Foi também a Ilka Tibiricá e "Fera Ferida" (1993) e a vilã Adma de "Porto dos Milagres" (2001), que lhe rendeu o Troféu Imprensa e o Melhores do Ano de Melhor Atriz.