Apoiadora do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), Cassia Kis foi alvo de críticas nas redes sociais após dar uma entrevista para Leda Nagle. A intérprete de Cidália em "Travessia" (veja quem é quem na novela) fez um discurso homofóbico sobre as relações homoafetivas e disse que as "famílias tradicionais" estão ameaçadas pela existência da "ideologia de gênero".
"Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas. Eu recebo as imagens inacreditáveis de crianças de 6, 7 anos se beijando. Duas meninas dentro de uma escola se beijando, onde há um espaço chamado beijódromo", relatou.
"O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana? Porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?", questionou a atriz.
Ao que tudo indica, Cassia se referiu a uma fake news que mostra duas meninas supostamente trocando beijos em uma escola na Paraíba. A informação foi analisada pela Agência Lupa e não é verdadeira.
Cassia Kis citou ainda que apenas a mulher tem a capacidade biológica de reprodução. "Se você tem um casal gay é uma coisa quando eles querem adotar uma criança, mas e quando não tiver mais [o desejo]? Afinal de contas, isso ainda é gerado dentro do útero de uma mulher. Aí, você precisa de um óvulo e espermatozoide, sim", completou a artista.
Em nota, a TV Globo se posicionou sobre os comentários homofóbicos de Cassia Kis e afirmou que "repudia qualquer forma de discriminação".
"A Globo tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão e repudia qualquer forma de discriminação", declarou.