A Balenciaga dominou os assuntos mais comentados desta segunda-feira (28) depois que Kim Kardashian - uma das celebridades que mais veste a marca - veio a público se manifestar sobre uma campanha polêmica da grife de luxo que tem repercutido nas redes sociais há alguns dias.
Em projeto criado para promover os presentes de fim de ano, a Balenciaga foi acusada de incitar pedofilia após usar modelos infantis em camas e sofás e segurando pelúcias que faziam alusão ao estilo sadomasoquista, relacionado à prática BDSM, sigla do inglês para "Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo". Gkay, outra consumidora da marca, também se posicionou nas redes sociais.
Esse, entretanto, não foi o único detalhe que causou o escândalo envolvendo a marca - que já havia passado por uma polêmica envolvendo Kanye West há alguns meses. Entenda em detalhes a seguir:
Outro ponto que foi alvo de críticas nas fotos da Balenciaga foi apontado pela revista norte-americana "Paper": dessa vez, na campanha da collab da marca com a Adidas, os documentos retratos estavam relacionados a um caso julgado pela Suprema Corte dos Estados Unidos sobre Michael William, julgado por fazer postagens relacionadas à troca de materiais de pornografia infantil, nos quais crianças eram vítimas de diferentes abusos sexuais.
De acordo com informações da publicação estadunidense, os registros são assinados por Gabriele Galimbert, fotógrafo que já teve trabalhos publicados em veículos como Le Monde e National Geographic. Anteriormente, ele havia desenvolvido o projeto "Toy Stories", no qual retrata crianças e seus brinquedos em diferentes partes do mundo. Para a campanha da Balenciaga, entretanto, foram usados os acessórios desfilados em outubro deste ano.
O posicionamento oficial da Balenciaga veio em um comunicado na terça-feira (22). Nele, a marca - conhecida por lançar peças polêmicas que "causam" na web - lamentou o ocorrido e sugeriu que iria à Justiça contra o fotógrafo italiano Gabriele Galimberti e demais envolvidos.
"Pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa que nossa campanha de férias possa ter causado. Nossas sacolas de pelúcia não deveriam ter sido apresentadas com crianças nesta campanha. Removemos imediatamente a campanha de todas as plataformas", indicava a nota.
Os documentos controversos também estavam citados no comunicado. "Pedimos desculpas por exibir documentos perturbadores em nossa campanha. Levamos este assunto muito a sério e estamos tomando medidas legais contra as partes responsáveis por criar as peças e incluir itens não aprovados para nossa sessão de fotos da campanha Spring 23. Condenamos veementemente o abuso de crianças de qualquer forma. Defendemos a segurança e o bem-estar das crianças", apontava.
Gabriele Galimberti também reagiu, trocando acusações com a gigante do mercado de luxo. "Depois das centenas de e-mails e mensagens de ódio que recebi como resultado das fotos que tirei para a campanha da Balenciaga, sinto-me compelido a fazer esta declaração. Não estou em condições de comentar as escolhas da Balenciaga, mas devo ressaltar que não tive direito, de forma alguma, nem de escolher os produtos, nem os modelos, nem a combinação dos mesmos", assegurou.
"Como fotógrafo, me pediram apenas e exclusivamente para iluminar a cena em questão e tirar as fotos de acordo com meu estilo de assinatura. Como de praxe em uma sessão comercial, a direção da campanha e a escolha dos objetos expostos não estão nas mãos do fotógrafo. Desconfio que qualquer pessoa propensa à pedofilia busca na web e, infelizmente, tem acesso muito fácil a imagens completamente diferentes das minhas, absolutamente explícitas em seu péssimo conteúdo", disse.
Ele ainda apontou ter sido alvo de ataques de ódio e os repudiou. "Linchamentos como esses são dirigidos contra alvos errados e tiram o foco do problema real e dos criminosos. Além disso, não tenho nenhuma ligação com a foto em que aparece um documento da Suprema Corte. Essa foi tirada em outro set por outras pessoas e foi falsamente associada às minhas fotos", garantiu.
Toda a polêmica sobre a Balenciaga também reverberou no mundo dos famosos. Kim Kardashian e Andressa Suita foram algumas das fashionistas que expuseram críticas à grife em suas redes sociais.
A norte-americana postou um texto em seus stories nesta segunda-feira (28) em que revelou ter conversado com pessoas da grife. "Eu fiquei quieta nos últimos dias, não porque não fiquei enojada e chocada com a campanha da Balenciaga, mas porque eu quis dar a oportunidade de conversar com o time deles para entender como isso foi acontecer. Como mãe, fiquei muito mal pelas imagens horrorosas", escreveu.
Kim pontuou ainda que o escândalo a fez reavaliar sua relação com a maison. Sobre meu futuro com a Balenciaga, eu estou repensando minha relação, baseada na vontade deles em aceitar a responsabilidade por algo que nunca deveria ter acontecido", pontuou.
No cenário nacional, Andressa Suita também reagiu em suas redes sociais: "Uma marca que eu uso e que tinha todo meu respeito e admiração, fez uma campanha com uso de objetos e crianças, na qual eu repudio totalmente esse tipo de atitude e fico imensamente constrangida por esse acontecimento", declarou.