
Muitas empresas farmacêuticas e laboratórios trabalham há meses para replicar o sucesso de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Zepbound, sucesso entre diversas famosas brasileiras. Baseado em compostos originalmente projetados como tratamentos para diabetes (semaglutida e tirzepatida - este usado pela filha de Kelly Key) que acabaram se tornando um método bem-sucedido de perda de peso.
As empresas farmacêuticas responsáveis por isso também não pararam de trabalhar. A Novo Nordisk, empresa dinamarquesa responsável pelo desenvolvimento do Ozempic e seu ingrediente ativo semaglutida, o que agitou a economia do país, anunciou há alguns dias novos avanços nos testes clínicos do CagriSema, um medicamento que combina semaglutida com outro composto semelhante, a cagrilintida.
Agora, a empresa farmacêutica anunciou outro desenvolvimento para próxima geração de medicamentos capazes de combater o diabetes e ajudar a perder peso: um acordo de licenciamento exclusivo para o UBT251, um agonista triplo associado a três receptores diferentes. Mas é válido dizer que a farmacêutica dinamarquesa não é a única nesta corrida.

CagriSema: alguns meses atrás, a Novo Nordisk nos deu novos detalhes sobre a CagriSema. Este é um medicamento baseado em cagrilintida, um composto que imita a amilina (e também a calcitonina), semelhante a como a semaglutida imita o peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1).
REDEFINE 2: em seu último anúncio, a Novo Nordisk relatou alguns resultados dos ensaios REDEFINE 2, a terceira fase de ensaios clínicos que testaram a segurança e a eficácia do novo medicamento combinado. O estudo estudou esses fatores ao longo de 68 semanas em mais de 1.200 participantes.
O estudo mostrou que a perda média de peso no grupo de tratamento foi de 15,7%, significativamente maior do que a perda de peso no grupo placebo, que foi de 3,1%. Os resultados detalhados dos ensaios clínicos do programa REDFINE (REDEFINE 1 e REDEFINE 2) serão apresentados ainda este ano, e a empresa está visando a aprovação regulatória desses tratamentos no primeiro trimestre de 2026.

Mas talvez o prato principal ainda esteja por vir. Esta semana, a empresa farmacêutica dinamarquesa também anunciou um acordo de licenciamento exclusivo para um novo composto, atualmente conhecido como UBT251, e que promete ser o novo queridinho das famosas na perda de peso.
Até agora, já tínhamos medicamentos agonistas duplos, como a tirzepatida, o composto por trás dos medicamentos Zepbound e Mounjaro, da empresa farmacêutica americana Eli Lilly. Esses medicamentos funcionam como análogos dos hormônios GLP-1 e GIP, mas não do glucagon.
Um novo acordo foi assinado entre a Novo Nordisk e o laboratório chinês United Biotechnology. Segundo o contrato, esta última manterá os direitos de desenvolver, fabricar e comercializar o medicamento na China continental, Hong Kong, Macau e Taiwan; enquanto a União Europeia será responsável por essas atividades no resto do mundo.
A Novo Nordisk foi a empresa farmacêutica que abriu a porteira dos medicamentos para diabetes convertidos em tratamentos de perda de peso, mas pode não ser a líder na corrida pelo medicamento agonista triplo, a nova geração de medicamentos da família Ozempic. A empresa americana Lilly está progredindo no desenvolvimento do Retatrutide, que já está na fase III de testes clínicos.