
Neil Gaiman, um dos autores mais renomados do gênero de fantasia, e sua ex-esposa, Amanda Palmer, estão sendo acusados de crimes graves contra uma babá que trabalhou para o casal, além de outras mulheres.
De acordo com uma reportagem da Associated Press, o autor de "Coraline" - cuja fortuna é avaliada em mais de R$ 100 milhões - está sendo processado na esfera civil por Scarlett Pavlovich, que trabalhou como babá em sua casa.
A acusação inclui estupro e tráfico de pessoas, e o processo foi aberto nos estados de Wisconsin, Massachusetts e Nova York.

Segundo o documento judicial, Pavlovich afirma ter sido estuprada repetidamente, além de submetida a práticas de sadomasoquismo. As acusações também recaem sobre Amanda Palmer, pois, de acordo com a ex-babá, a então esposa de Gaiman a contratou ciente dos abusos que ela sofreria.
O caso já vinha sendo divulgado por outros veículos. Em entrevista à Vulture, Pavlovich relatou que inicialmente desenvolveu uma amizade com Palmer, que a convidou para trabalhar cuidando de seu filho e auxiliando em tarefas domésticas.
Ela afirma que o casal morava em casas separadas e que o primeiro abuso ocorreu em sua primeira noite na residência de Gaiman, no dia em que se conheceram.

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"Gaiman abusou física e emocionalmente de Scarlett repetidamente, estuprando-a vaginal e analmente, humilhando-a, forçando-a a cometer atos sexuais na frente de seu filho e a tocar e lamber fezes e urina", diz o processo obtido pelo Los Angeles Times.
De acordo com o documento, Gaiman chamava a então babá de "escrava" e exigia que ela o tratasse como "mestre".

Pavlovich disse à Vulture que, ao perceber que estava sendo vítima de violência, procurou Palmer e contou o que estava acontecendo. Segundo ela, Palmer teria respondido que mais de uma dúzia de mulheres já haviam relatado abusos cometidos por Gaiman no passado. Ainda segundo o processo, os abusos só cessaram quando Pavlovich ameaçou tirar a própria vida.
Pavlovich entrou com uma ação na Justiça buscando compensação financeira pelos danos físicos e psicológicos que afirma ter sofrido. O valor da indenização solicitada é de pelo menos 7 milhões de dólares, aproximadamente R$ 35 milhões.