Xuxa Meneghel anunciou ter se tornado vegana. Para o processo de transformação, a apresentadora da Record contou com a ajuda de Junno Andrade, com quem ela namora há cinco anos. "Ele me apresentou o documento 'Terráqueos'. Uau! Parei de ver algumas vezes, não queria assistir até o final, chorei e me senti péssima por fazer parte disso tudo. Hoje, comer proteína animal é querer, no mínimo, ter um câncer. Enfim, deu pra mim! Não quero mais matar bichos ou me alimentar deles", publicou em sua coluna na "Contigo".
Em sua coluna, a mãe de Sasha, que deixou o genro nervoso ao conhecê-la, contou que a dificuldade de digerir proteína animal começou quando ainda era criança. "Quando tentava, ficava com afta, dores no estômago, má digestão. Sentia dores de barriga até com leite e queijo. Nunca comi porco ou salame. Cachorro-quente? Só pão e molho. Mais tarde descobri que algumas pessoas não digerem bem a proteína animal. Para evitar os sintomas que comer a carne e alguns derivados animais me causava, passei a vida com azul de metileno na boca, recebendo massagens com bolsa de água quente e tomando remédios antigástricos. Para eu não sofrer tanto, minha mãe dizia para mastigar a carne e jogar o bagaço. E, uma vez por semana, comia fígado, pois falavam que precisávamos de ferro contido nele", relatou.
Foi a partir dos 13 anos que a comunicadora abandonou a carne "depois de penar muito". "Aos 25, o frango. Mais tarde, o ovo, pois achei um quase pintinho na frigideira. Segui com o leite e queijo sem lactose e, uma vez por semana, peixe. Afinal, diziam que a tal proteína animal era necessária. Depois de um tempo para cá, começaram a me fazer mal. O problema pode estar relacionado a uma enzima. Logo, me esforçava para comer peixe e outros derivados", disse a eterna rainha dos baixinhos.
Para concluir, a filha da dona Alda terminou sua reflexão com o mandamento "Não matarás": "Muita gente acredita que o bichinho morre feliz para matar a fome dos humanos e fala cada atrocidade para defender essa teoria, chegam até a citar a Bíblia... Descobri que faço parte da tribo dos 'chatos', um grupo que não quer mais repetir que ama os bichos, mas se alimenta deles. Uma galera muito criticada, pois ninguém gosta de assumir que, para o próprio bem, é preciso casuar sofrimento e morte. Estou com quase 55 anos e descobri tudo isso muito tarde. Mas, quem sabe, os meus netos e seus amigos não precisarão se envergonhar por tantos erros cometido por nós".
(Por Rahabe Barros)