
O corpo de Vitória Regina, de 17 anos, foi encontrado há 13 dias e a polícia vai fechando o cerco e juntando todas as pistas reunidas até agora. Maicol Antonio Sales dos Santos foi preso no último dia 8 e é apontado como principal suspeito do bárbaro crime - ele teria sido "stalker" da vítima e em seu celular foram encontradas fotos da adolescente e também de facas. O laudo pericial apontou que Vitória morreu em decorrência de anemia hemorrágica traumática, hemotórax e ruptura da aorta ascendente.
Depoimentos à polícia e manchas de sangue no carro e na casa de Maicol complicam ainda mais a situação do suspeito. Por enquanto, os exames não foram concluídos. No final da tarde de segunda-feira (17) circulou o rumor de uma possível confissão de Maicol, o que foi negado pelo delegado que cuida do caso.
"Ele pediu a presença da mãe para conversar com o delegado. Até agora [a confissão] é especulação. Confissão é muito séria para se divulgar. Só após assinar e ser analisado o conjunto. Por enquanto, nada", frisou Aldo Galiano ao UOL.

A investigação falta descobrir o motivo do assassinato e se houve algum mandante. Os indícios apontam que o corpo de Vitória foi levado para a área de mata de Cajamar (SP). Até o momento, cerca de 20 pessoas já foram ouvidas, como um ex-namorado da adolescente, que rotulou a jovem como "obsessiva" - a relação deles chegou ao fim no começo de 2025, mas seguiam se vendo, de acordo com o rapaz.
Quem também foi ouvida, de maneira espontânea, foi uma mulher que deixou de ser vizinha de Maicol logo após o crime vir à tona. Essa pessoa relatou estar "insegura" por morar próxima ao suspeito e também citou a "fama" do rapaz. Em outro momento, afirmou ter notado uma movimentação anormal na casa dele e pela primeira vez viu uma mulher no local. Era quase 0h quando, segundo ela, o carro de Maicol entrou na garagem, segundo a CNN Brasil, no dia do desaparecimento de Vitória.
Vitória Regina desapareceu no dia 26 de fevereiro e seu corpo foi encontrado apenas uma semana depois, nu, com o cabelo raspado, e com sinais de agressões e violência sexual; ela também teria sido dopada. A jovem voltava do trabalho à noite e desceu no ponto final de uma linha de ônibus, distante menos de 2km a pé de sua casa.
Naquele dia, seu pai lhe daria carona, porém o carro da família apresentou defeito e precisou passar por reparo. A polícia também investiga se há uma relação entre a morte de Vitória e o assassinato de uma idosa, que teria trabalhado para a família de Maicol.