O câncer de mama é, de acordo com Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o tipo mais comum em todo o mundo desde 2021. Só no Brasil, 66.280 novos casos foram registrados em 2022. Então, nada melhor do que aproveitar Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a doença, para tirar dúvidas mais recorrentes sobre ela.
Um dos pontos que mais gera questionamentos é sobre a relação das próteses de silicone, uma das cirurgias mais populares entre as brasileiras. Por isso, o Purepeople tira, a seguir, as dúvidas mais comuns sobre a relação entre câncer de mama e o uso de próteses de silicone.
"Não. Independente por onde possa ser colocado o implante mamário (se na frente ou atrás do músculo), não interfere no rastreamento do câncer de mama", explica o Dr. Josué Montedonio, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da American Society of Plastic Surgeons.
Segundo o especialista, a realização de diferentes exames ajuda no diagnóstico. "Caso haja presença de algum nódulo ou alteração na consistência da mama, pode ser notado tanto no autoexame das mamas como nos exames de imagem (mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética) sem nenhuma interferência", completa.
O cirurgião aponta que essa correlação não existe. "O câncer de mama é resultado da mutação das células mamárias, as chances de desenvolver a doença não aumentam por conta da prótese", indica.
O médico Luiz Haroldo Pereira, médico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, conta que isso é um grande mito. "O fato de terem próteses de silicone não impede em nada que esse importante exame de prevenção seja feito", conta.
Outro mito é que o silicone pode ser rompido durante o exame. "Quando mulher tem próteses de silicone, o aparelho de mamografia é ajustado para fazer uma pressão menor do que em mulheres sem implantes e assim evitar o risco de que o silicone se rompa", destaca Dr. Luiz Haroldo.