Jordan Chiles se manifestou publicamente sobre a perda da medalha de bronze no solo nos Jogos Olímpicos de Paris. Durante o evento Power Women's Summit, organizado pela Forbes, a ginasta americana chorou e refletiu sobre as questões raciais que envolveram a decisão.
"A maior coisa que foi tirada de mim foi o reconhecimento de quem eu era. Não apenas meu esporte, mas a pessoa que eu sou. Para mim, tudo o que aconteceu não é sobre a medalha. É sobre a cor da minha pele. É sobre o fato de que houve coisas que levaram a essa posição de ser uma atleta. E eu senti como se tudo tivesse sido tirado. Eu me senti de volta a 2018, quando eu perdi o amor pelo esporte. Eu o perdi novamente. Eu sinto que realmente fui deixada no escuro", desabafou.
Em 2018, Jordan, que marcou presença no VMAs nesta quarta-feira (11), sofreu com os abusos psicológicos e verbais de uma antiga treinadora, cujo nome ela nunca revelou publicamente. "Ela me chamou de gorda. Ela disse que eu parecia um donut", revelou a ginasta.
Jordan conseguiu a medalha de bronze após um recurso pedido pela delegação dos Estados Unidos. Ela garantiu a mudança da nota e subiu ao pódio com Rebeca Andrade e Simone Biles, cena considerada a mais emblemática das últimas Olimpíadas. No entanto, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) considerou irregular a revisão.
Pela regra, o recurso tem que ser pedido em até um minuto após o anúncio da nota. A determinação não foi respeitada e, mesmo assim, a americana ganhou o acréscimo que garantiu-lhe a terceira posição.
Do terceiro, ela caiu para quinto lugar após a mudança. A medalha de bronze ficou com a ginasta romena Ana Barbosu.