A autobiografia de Príncipe Harry, "O que Sobra", foi lançada nesta terça-feira (10) e traz diversos detalhes polêmicos de sua relação conturbada com a Família Real. Em um dos trechos que mais chamou atenção do público, o duque de Sussex narra que teria nascido para socorrer algum eventual problema de saúde do irmão, Príncipe William, o próximo na linha de sucessão ao trono britânico.
"Eu era a sombra, o apoio, o plano B. Fui posto no mundo para o caso de alguma coisa acontecer com Willy. Era convocado a oferecer respaldo, distração, diversão e, se necessário, uma peça reserva. Um rim, talvez. Uma transfusão de sangue. Um pouco da medula óssea", narra Harry.
Harry também relata a história que deu título ao livro. Em inglês, a obra foi lançada como "Spare", que, em tradução livre, significa algo que está de reserva. "Tinha 20 anos quando ouvi a história do que o meu pai supostamente disse à minha mãe no dia do meu nascimento: 'Maravilha! Você já me deu um herdeiro e um reserva - já fiz meu trabalho'. Uma piada. Supostamente", ironizou.
Outro trecho polêmico do livro de memórias de Príncipe Harry está relacionado uma brincadeira de gosto, no mínimo, duvidoso feita pelo pai, o Rei Charles III, em relação à Princesa Diana, a mãe do duque.
"Ele gostava de contar histórias e esta era uma das melhores de seu repertório. Sempre terminava com uma explosão de filosofia... 'Quem sabe se eu sou mesmo o Príncipe de Gales?'. 'Quem sabe se eu sou mesmo seu pai verdadeiro?'", descreve Harry.
Harry conta que esse tipo de comentário aconteceu no momento em que havia boatos a respeito de quem seria seu verdadeiro pai. "Ele [Charles] ria, e embora fosse uma piada notavelmente sem graça, dado o boato que circulava na época de que meu pai verdadeiro era um dos ex-amantes de mamãe: Major James Hewitt. Uma causa desse boato foi o cabelo ruivo do major, mas por outro lado isso foi sadismo", escreveu.