Paulo Gustavo foi homenageado pela amiga Preta Gil durante show em Niterói, cidade natal do ator, morto no começo do mês aos 42 anos por complicações da Covid-19. A apresentação beneficente do projeto "Cultura nas Estações", no Espaço Niemayer, reuniu ainda, entre outros, Toni Garrido, e foi exibida no Youtube, neste sábado (22). "É um pedaço de mim, de verdade, que eu perdi, que o Brasil perdeu, mas o que ele deixou para nós é muito grande, é muito gigante", afirmou, emocionada, a filha de Gilberto Gil. Recentemente, a cidade rebatizou uma rua com o nome do humorista como forma de homenagear Paulo.
Ainda no show, Preta exaltou o intérprete da dona Hermínia. "Nosso amado Paulo Gustavo, que é uma figura famosa mundialmente, o niteroiense de coração, que levou o nome, a imagem dessa cidade para os seus filmes, para as suas peças", afirmou. "Eu queria dedicar esse show hoje à minha amiga Déa Lúcia (mãe de Paulo), a Juliana (irmã), a seu Júlio (pai), e a tia Penha (madrasta), a todos os fãs de Paulo Gustavo, a todos os amigos, e dizer a ele que a minha existência nessa passagem pela vida vai ser para sempre homenagem a ele", finalizou.
Ainda nesta semana, outro amigo de Paulo homenageou o ator ao ser vacinado contra a Covid-19. Marcus Majella usou uma camisa com o rosto estampado do humorista na hora da imunização. "A vacina tão sonhada que meu amigo não conseguiu tomar. Mas levei ele no meu peito pra participar desse momento comigo. Ele ficaria feliz!", disse ele, que recebeu o imunizante por ser integrante do grupo de risco.
Em entrevista ao "Fantástico" no domingo seguinte à morte do filho, Déa emocionou a web ao relatar uma coincidência sobre o dia 4 de maio, data da morte do humorista. "Meu filho passou [pela vida] como um cometa. Ele estreou [como ator] num dia 4 de maio às 21h e morreu num dia 4 de maio às 21h12. Ele começou um ciclo e terminou o ciclo [no mesmo dia]. Tudo dele é muito incrível", afirmou.
"Não estou bem, mas eu sou capaz de rir. Eu, quando falo dele, eu conto as coisas, eu rio, porque ele detestava quando eu chorava. Ele dizia: 'lá vem mamãe'. Então, eu tenho que ter força. Eu falo dele eu rio. Nada dele pode ser muito sério a não ser a dor da saudade", prosseguiu a mãe de Paulo, que foi homenageado por amigos com fotos em sua cremação.
A cada morte de um filho [por causa da pandemia] eu chorava por essa mãe, sem saber que meu filho ia passar por isso. A corrupção mata! Roubar na pandemia é assassinato! Essa luta vai ser minha. Eu vou falar isso o tempo todo. Desculpa meu desabafo", prosseguiu sobre Paulo, que será enredo de carnaval em 2022.