Paulo Gustavo virou nome de rua em Niterói, sua cidade natal e onde o corpo do ator foi cremado após a sua morte, em decorrência de complicações da Covid-19. Em sua rede social, Tatá Werneck mostrou a troca de algumas placas da rua, que além da foto do humorista também ganharam frases marcantes ditas por Paulo Gustavo, como "Rir é um ato de resistência" e "O humor salva, transforma, alivia, cura, traz esperança pra vida da gente".
Em um desabafo emocionado, Tatá assumiu que ainda não conseguiu se acostumar com a ideia da morte de Paulo Gustavo. "Meu amigo. Eu ainda acho insuportável imaginar que seja verdade. Há dois dias tenho conseguido me sentir 'melhor'. Não porque me acostumei. Mas porque resolvi negar que seja verdade. Eu decidi tentar não pensar sobre isso agora porque estava insuportável", lamentou.
E apesar de ter gostado da homenagem recebida pelo amigo, que também vai virar enredo de escola de samba no Carnaval 2022 - não confirmado ainda exatamente por causa da pandemia do Coronavírus -, Tatá lembrou que sua vida poderia ter sido preservada se já tivesse vacina para todos. "Paulo virou nome de rua. É uma linda homenagem. Um gesto de carinho depois desse golpe brutal. Ele deve estar 'feliz'. Desculpa, mas feliz ele estaria junto dos filhos e da família", avaliou.
E encerrou pedindo: "Que vire símbolo de justiça. Que vire estímulo para que respeitemos a vida uns dos outros. São mais de 430 mil pessoas com o mesmo valor do Paulo. Nós amamos o Paulo, mas a vida dele é tão importante quanto das outras pessoas que foram embora na pandemia. E não venha dizer 'ah então porque não falou antes'. Porque eu falei antes. Eu falo desde o começo". E usou a "#vacina".
A cerimônia de cremação do corpo de Paulo Gustavo reuniu apenas amigos e familiares mais próximos do ator. Acompanhada pelo marido, Rafael Vitti, Tatá Werneck chegou ao cemitério, em Niterói, usando duas máscaras no rosto, além de face shield e um spray desinfetante para as mãos.
Na web, muitos viram a proteção da artista, mãe de Clara Maria, de 1 ano, um exagero. "As pessoas são bobas demais. Criticam quem não se protege. E na mesma medida quem se protege demais. Prefiro ser chamada de exagerada do que de irresponsável", criticou a atriz.
E lamentou: "Gente! Que é isso? Pra que esse nível de ataque a mim? Eu tenho pânico! Eu moro com meus pais. Com minha filha. E tenho medo por mim. Tem ranço porque eu quero me proteger? Eu estou impressionada com o nível de ódio gratuito. Eu nunca saí de casa que não fosse para trabalhar. Eu pensei muito antes de ir, mas eu estou tão deprimida e negando tanto tudo que aconteceu que eu precisava ver para entender. Fiquei 15 minutos e saí. Você nunca conheceu alguém com síndrome do pânico?".
Por fim, Tatá optou por se afastar um pouco das redes sociais: "Adoro ficar aqui conversando com vocês, tem pessoas muito lindas e carinhosas aqui! Mas ver gente ridicularizando minha proteção, meu medo depois de perder um amigo e sobre a roupa que usei é difícil demais. Magoa muito quem já tá magoado".