Maitê Proença fez uma análise sobre o período da vida em que usou drogas, em entrevista à revista "Quem". "Se a droga for usada de maneira boa – não sei se a palavra é essa –, ela amplia sua visão, troca sinapses e desfaz condicionamentos", afirmou a atriz, que lançou seu novo livro, "Todo Vícios", recentemente. "A droga bem usada resume dez anos de análise. Isso me aconteceu, não estou falando irresponsavelmente. Eu era uma e virei outra", acrescentou Maitê.
A atriz lembrou ainda como as drogas lhe ajudaram a solucionar alguns problemas. "Desfiz traumas de 30 anos em uma noite. Virei outra coisa. Aquela dor desmoronou, virou nada, com uma só compreensão. O que eu fiz em seguida foi elaborar o entendimento", recordou. E Maitê acresentou: "Larguei todas as drogas que usei sem qualquer sofrimento". Questionada sobre quais substâncias já usou, a atriz despistou.
"Prefiro não entrar em detalhes. Não quero fazer apologia. Sugiro que elas sejam usadas de forma terapêutica. É disso que falo. Todas essas coisas, se forem apenas para o prazer sensorial, causam confusão. Se você for um sujeito preparado para usá-las, se for bem conduzido, não há dor", afirmou ela que foi parada em uma blitz da Lei Seca em agosto. "Depois de tudo, porque não há moleza nesse mundo, lei seca! Deu 0!", comemorou Maitê em rede social.
Maitê relembra interesse em religiões
A atriz que vai entrar no elenco da novela "Alto Astral", no papel de uma ex-miss que corre atrás de marido rico, lembrou ainda como as drogas lhe ajudaram na busca do autoconhecimento. "Da mesma forma que outras experiências marcantes. Era uma época em que não dava para eu falar 'isso não me interessa'. Se diziam que aquilo ampliaria a consciência, entraria em áreas do cérebro nunca antes tocadas, era do meu interesse também", recordou.
A apresentadora do "Extra Ordinários", do canal pago Sportv, relembrou também que buscou ajuda em religiões para questões mais complexas. "Fui experimentar diversas religiões, mesmo tendo formação ateia. Queria entender a dimensão espiritual da vida. Não só através da religião, mas com filosofia, música", filosofou Maitê.
Ela admitiu ainda que deixou de frequentar o Santo Daime há seis meses. "A última vez foi quando levei outra pessoa, que me pediu para acompanhá-la. O que recebi do Daime já havia se encerrado num ciclo. Eu insisti, mas vi lá dentro que não era mais para eu tomar. Foi uma ordem do Daime. Então não tomarei mais", contou.
Atriz confirma: 'Estou solteira'
Sem citar o nome do jornalista Nelson Motta, Maitê Proença afirmou que está solteira. O casal foi visto trocando beijos em abril durante uma festa na Gávea, na Zona Sul do Rio. Mas, recentemente, o relacionamento acabou chegando ao fim. "Sim. E não estou à procura, mas sou aberta a tudo. Não adianta procurar essas coisas, elas aparecem, te pegam pelo cotovelo e te mostram outro caminho", ressaltou.
E a atriz acrescentou: "Relacionamento dá muito trabalho, ocupa energia. Só é legal quando as pessoas podem ficar juntas como se estivessem sozinhas". Ela falou ainda que busca nas viagens ao exterior a oportunidade para deixar de lado ao seu lado de figura pública. "Ser uma pessoa conhecida me traz um grau de conforto perigoso. Por isso preciso ir a lugares no exterior, onde ninguém me conhece, para virar de novo a Maria da Silva. Quero também estar onde ninguém saiba da minha vida", admitiu.
Maitê relembra assassinato da mãe pelo pai
A atriz descarta que usa seus livros como forma de tocar em assuntos delicados, como a perda da mãe aos 12 anos após ser morta pelo próprio marido. "Não sei se a literatura é feita à base da dor. Não acho que eu seja uma pessoa triste, deprimida, nunca fui, nem nos piores momentos. Não guardo mágoas", se defendeu.
"Já nasci assim, é do meu temperamento. Não foi algo elaborado em sessão de análise. Sempre achei a vida, ao contrário do que se diz por aí, mais surpreendente do que a ficção. Por mais que eu tente inventar histórias, a vida é mais rica", completou.