Maitê Proença acionou a Justiça de São Paulo e enviou uma planilha, onde informa ter direito a receber R$ 254 mil referentes aos meses em que sua pensão não foi paga. A informação é do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo. O dinheiro deixou de ser depositado por um período entre 2009 e 2010.
Maitê tem direito a uma pensão herdada dos pais, que eram servidores públicos. Carlos Eduardo Gallo foi procurador de Justiça e Margot Proença foi professora. O benefício permanente é destinado a mulheres solteiras, que nunca firmaram compromisso no papel, como previsto na Lei Complementar 180/78.
Em entrevista ao jornal O Globo, em 2019, Maitê defendeu o recebimento da pensão e explicou que trata-se de um direito adquirido, já que o pai pagou impostos ao longo da vida com o objetivo de que a filha recebesse o benefício futuramente.
"Aquele funcionário público pagou impostos durante toda a vida para que a pensão acontecesse. Se não concordam com a lei, que é de 1940 e talvez seja anacrônica, devem mudá-la de agora para a frente. Não podem fazer isso com as pessoas", rebateu.
Em 2009, a São Paulo Previdência (SPPREV), órgão que administra as aposentadorias do estado, suspendeu o pagamento de pensão de Maitê sob a alegação de que ela manteve uma união estável com o empresário e ex-político Paulo Marinho, com quem viveu uma relação de 12 anos.
Segundo o jornal O Globo, como base para a suspensão, a SPPREV usou um trecho do livro "Uma Vida Inventada", lançado por Maitê em 2008, onde ela mistura ficção com fatos da própria biografia. Na obra, ela diz ter formado "uma linda família" com Paulo, o que foi considerado uma prova da união estável. Vale destacar que o pai da atriz ainda era vivo quando ela engatou a relação.
A atriz conseguiu reverter a suspensão em 2010. Um juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública aceitou os argumentos de defesa e o Estado de São Paulo teve que voltar a pagar a pensão.
Agora, Maitê recorre à Justiça para receber o dinheiro que não foi pago durante o período de suspensão da pensão. Segundo a Folha de São Paulo, o valor era de R$ 13 mil na época.