Leandra Leal contou como concilia as funções de mãe com a dedicação à carreira profissional. "Jamais disse a ela que preciso trabalhar pra levar dinheiro para casa. Não! Eu digo: 'mamãe vai trabalhar porque gosta muito'. Mas é claro que sinto culpa quando tenho que deixá-la, me desdobro, me questiono. Como toda mãe, eu acho", disse ao jornal "Extra". Mesmo com a agenda cheia de compromissos, a atriz afirmou que faz questão de participar ativamente da criação da filha, Júlia, que completou 4 anos recentemente: "Também estava em coxia de teatro com a minha mãe, era pequena e me lembro como um fato normal. Não sei se isso vai incutir nela o lado artístico, não é uma preocupação. Quero que ela entenda esse processo. Que é importante trabalhar e gostar do que faz. Quero que a Júlia tenha coragem, seja feliz e forte para enfrentar tudo o que está por aí e por vir".
Representante e defensora do movimento feminista brasileiro, Leandra está à frente do Teatro Rival Petrobrás, no Centro do Rio de Janeiro, palco da militância e resistência pela igualdade de gêneros, há dois anos e meio. "Minha família resiste com este espaço há muito tempo. Dou continuidade e confesso, é uma loucura. Tento fazer o melhor, mas é uma cobrança, né? Tenho sorte de ter grande amigos e amar o que faço. Assim fica mais fácil", comentou à publicação.
Casada há oito anos com o diretor Alê Youssef, Leandra contou, anteriormente, detalhes do processo de adoção de Júlia. "Eu e o Ale ficamos três anos e oito meses nesse processo (1 ano para o cadastro e 2 anos e 8 meses na fila da adoção). Confiantes, ansiosos, com e sem esperança, medrosos, excitados. Sem nenhuma pista. Mas eu tinha uma fé nesse processo todo, uma intuição que tínhamos que ficar nessa fila, que a nossa filha também estava nessa fila e que a gente daria match. E que tudo daria certo. Eu confiei na vida. E não me arrependo dessa escolha, deu tudo mais que certo", disse a artista, realizada com a maternidade.
(Por Patrícia Dias)