Camila Pitanga, Tais Araújo, Leandra Leal e Bruna Linzmeyer possuem algo em comum: as atrizes representantes e defensoras do movimento feminista brasileiro. Camila, por exemplo, é uma figura disseminadora de discursos e tem feito aulas semanais sobre temas ligados ao feminismo com a filósofa e ativista Djamila Ribeiro. "Achei que era o momento de dar a mão, trocar confidências, não ficar só numa pesquisa intelectual, porque o problema acontece na pele, no dia a dia", disse a mãe de Antonia – com quem foi fotografada em passeio no shopping recentemente –, à revista "GQ".
Dona de opinião fortes, Leandra Leal já se posicionou publicamente em entrevistas e em seus perfis nas redes sociais a respeito de assuntos como direito ao poder de decisão sobre o próprio corpo e legalização do aborto. "O direito da mulher ao seu corpo é radical. Não dá para uma comissão de 18 homens dizer se a mulher pode ou não ter direito ao aborto", declarou a mulher do empresário Alê Youssef, sempre visto em passeios com a família. Questionada sobre qual é o papel dos homens no movimento feminista, a global foi direta: "O grande papel do homem agora é escutar".
Além de Tais Araújo, que tem sido ouvida na questão de gênero e raça, Bruna Linzmeyer tem levantado a bandeira das mulheres homossexuais, bi e trans. Namorando Priscila Visman, a artista até ironizou preconceito sobre sexualidade. "O fato de eu me declarar como uma mulher lésbica é um ato político. Eu não sou só lésbica, eu não caibo nessas caixinhas. Sou um ser livre. Mas dar nome a essa caixinha é importante para podermos jogar luz sobre elas", falou a artista, alvo de ataques homofóbicos. Ela comentou também que os homens podem apoiar campanhas pelos direitos das mulheres: "Um homem ser feminista num grupo de homens e entender a perspectiva da mulher, conversando com seus pares, é muito importante, é inteligente, é precioso e sexy também. Com certeza um homem pode ser feminista. Todos podemos. Mas é importante na perspectiva do homem, mesmo aquele que já se diz feminista, ouvir o que a mulher tem a dizer".
(Por Patrícia Dias)