Gloria Menezes segue internada no no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, tratando sintomas da Covid-19. Em conversa com o jornal "O Globo" neste sábado (14), Tadeu Lima, assistente pessoal da atriz, de 86 anos de idade, garantiu que Gloria segue se recuperando bem e que, por isso, já retirou o respirador nasal que amenizava o desconforto respiratório característico da doença.
Apesar disso, ainda de acordo com Tadeu, a atriz não receberá alta a tempo de ir ao velório do marido, Tarcísio Meira, que será restrito apenas a familiares mais próximos.
Por causa das restrições provocadas pela pandemia do Coronavirus, doença que provocou a morte do ator, o velório e o sepultamento de Tarcísio Meira, além de serem cerimônias intimistas, não tiveram seus locais revelados ao público. Tarcísio, que já havia tomado as duas doses da vacina no início do ano, foi contaminado com a forma grave da doença e não resistiu após 6 dias de internação, causando uma comoção nacional entre famosos e fãs anônimos.
De acordo com Mocita Fagundes, mulher de Tarcísio Filho, único herdeiro do casal, Tarcísio e Glória, que não tinham mais contrato fixo com a TV Globo desde 2020, passaram toda a pandemia da Covid-19 sozinhos, com muitos cuidados para não contraírem o vírus. "Estavam isolados e num descuido foram contaminados. Essa doença é traiçoeira", lamentou.
Tarcísio Meira e Gloria Menezes ficaram casados por quase 60 anos. Além do filho único com o atual marido, a atriz também é mãe de João Paulo Brito e Maria Amélia Brito, frutos de um relacionamento anterior.
Um dia antes de perder Tarcísio Meira, o mundo das artes já estava de luto pela morte de Paulo José. Hospitalizado há vinte dias por conta de uma pneumonia, o ator, de 84 anos de idade, faleceu em decorrência da doença.
Há mais de 20 anos, Paulo José lutava contra o Mal de Parkinson, e desabafou sobre a doença em uma entrevista à revista "Época". "As pessoas mudaram comigo. Queriam me proteger. Ficaram com pena. Isso nunca me incomodou. Sou um sobrevivente. Tenho muita sorte por ter gente que gosta de mim. Tenho de ser grato por isso. E sou", garantiu.
Mas lamentou o que chamou de montanha-russa de sentimentos: "Tive depressão muitas vezes. Houve um tempo em que tinha medo de dormir e não acordar. Às vezes, tenho medo de morrer. Não estou num daqueles momentos terríveis. Mas tampouco este é um período fácil. Quando acordo, tenho de fazer uma escolha. Decido sair da cama. Hoje será um dia melhor. Ao me deitar, não penso se o dia foi mesmo melhor. Só penso: 'Amanhã será um outro dia'. Assim, sigo trabalhando e vivendo dia por dia".