Em 2005, estreava no horário das sete a ousada 'Bang Bang', novela de Mário Prata, cuja intenção era inovar com uma proposta divertida e leve. A partir do dia 15 de julho, será possível rever a trama no Globoplay por meio do projeto Resgate.
Embora 'Bang bang' fosse irreverente a ponto de alavancar o ibope da Globo, o próprio autor da novela acreditava no fracasso, que, de fato, se transformou. "Dizem que nesse horário 35 [pontos] do Ibope é a média. Bang Bang não vai dar isso", sentenciou Mario Prata na festa de lançamento da trama estrelada por Fernanda Lima e Bruno Garcia .
"Ou dá 40 ou mais, ou 30 ou menos. Nem eu, nem a Globo sabemos o que vai dar, mas estamos nos divertindo", brincou ele. O folhetim conquistou uma média de 27,5 pontos na Grande São Paulo.
'Bang Bang' começou realmente com o pé esquerdo. O novelista se afastou nas primeiras semanas da trama no ar para tratar uma osteoporose. A colaboradora Márcia Prates assumiu a coordenação dos capítulos até a chegada de Carlos Lombardi, autor de sucesso do horário das sete na época, para orientar os roteiristas.
"Bang Bang era uma novela altamente experimental, era uma paródia. Todo mundo sabia que era um projeto ousado. E tinha virado um projeto ousado sem dono. Quer dizer, quando o Prata saiu, a novela perdeu a personalidade", detalhou Lombardi ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia.
"Eu achava que a novela tinha muitos problemas técnicos. A história de Bang Bang foi empacotada de forma errada. Bang Bang deveria ter sido um seriado semanal, e não uma novela. Eu disse: 'Se é remendo, vamos remendar!' E foi o que eu fiz. Deu certo. Fiz a minha parte. Mas foi um dos trabalhos mais difíceis da minha vida", admitiu o novelista.