No início do mês, as primeiras imagens do documentário que vai contar a vida de Amy Winehouse foram divulgadas na internet e empolgaram os fãs da britânica, morta em 2011. O filme já tem data de lançamento, mas a família da cantora decidiu se desassociar da produção faltando poucos dias para a estreia no Festival de Cannes, que acontece entre os dias 13 e 24 de maio.
Em comunicado oficial, a família de Amy alegou que o longa traz inverdades e acusações infundadas contra eles que, inicialmente, estavam diretamente envolvidos com a produção do documentário, que entra no circuito europeu a partir de 3 de julho e não tem previsão de estreia no Brasil. O filme é dirigido por Asif Kapadia, que também esteve à frente do longa sobre Ayrton Senna, cuja morte completou 20 anos em 2014.
"A família Winehouse gostaria de se desassociar do vindouro filme sobre sua saudosa e muito amada Amy. O documentário sobre sua vida será lançado neste verão (no Hemisfério Norte) e terá sua estreia no Festival de Cannes. Os familiares sentem que o filme é uma oportunidade desperdiçada de celebrar a vida e o talento de Amy, é enganoso e contém algumas inverdades básicas. Existem acusações específicas feitas contra a família e a administração de sua carreira que são infundadas e mal equilibradas. A narrativa é baseada em testemunhos de uma amostra restrita de pessoas envolvidas com Amy, muitas das quais pouco tinham a ver com ela nos últimos anos de sua vida. Visões opostas dadas aos cineastas não foram incluídas no corte final", escreveu a família da cantora, que já teve sua biografia contada em quadrinhos.
Pai de Amy Winehouse se diz 'enojado' com primeiras imagens do filme
Em entrevista ao jornal "The Sun", no último sábado (25), Mitch Winehouse, pai da cantora se mostrou insatisfeito com o filme e ameaçou processar os produtores. "Eu me senti enojado quando assisti ao filme pela primeira vez. Amy ficaria furiosa. Isso não é o que ela iria querer", disse ele que, juntamente com a mãe da cantora, decidiu se mudar para o apartamento da filha quase dois anos após a morte dela.
O pai de Amy - que aprovou um cover feito por Beyoncé da música Back to Black - também se irritou com a parte do filme na qual o ex-marido da cantora, Blake Fielder-Civil, culpa Mitch pela decadência da estrela. Fielder-Civil já havia admitido que apresentou Amy às drogas mais pesadas. "Como eles puderam permitir que esse cara fizesse uma acusação dessas contra mim é algo muito doloroso e difícil de acreditar", desabafou Mitch.
Um porta-voz do filme se defendeu das acusações: "Tivemos o total apoio da família Winehouse e abordamos o projeto com total objetividade. Nós conduzimos cerca de 100 entrevistas com pessoas que conhecia Amy. A história que o filme conta é um reflexo de nossos resultados destas entrevistas", afirmou.
