Quando se trata de comidas e dietas para manter o corpo saudável é comum associarem a dieta mediterrânea como referência de emagrecimento por ser uma forma de alimentação natural. Entretanto, a moda agora é a dieta dos vikings. Criada em 2004 por uma equipe formada por cientistas, nutricionistas e chefs de cozinha, ela tem como objetivo controlar a taxa de obesidade através de uma alimentação tradicional dos países nórdicos. Por sua vez, nada tem a ver com os pedaços grandes de carne feitos na fogueira pelos personagens da Netflix. Com sua origem extremamente natural, a dieta nórdica foi considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a melhor opção para quem busca um boost na saúde ou para aquelas que desejam manter os quilinhos perdidos bem longe. Alem disso, a estratégia pode diminuir a incidência de doenças cardiovasculares e de pessoas com diabetes. Pensando em adaptá-la para o dia a dia de um país tropical como o Brasil, entrevistamos as nutricionistas Nicole Magluf e Raphaela Peixoto e separamos algumas dicas para que você também possa se beneficiar de uma alimentação mais natural! Confira!
Não existe milagre. Nada vai te fazer perder peso do dia para a noite. A dieta dos vikings é um método de reeducação alimentar, ou seja, é um método que te faz emagrecer de forma saudável. Seu princípio é simples e se espelha na dieta mediterrânea. "Hoje em dia ela já foi superestudada e é baseada em alimentos tradicionalmente encontrados em países nórdicos. Com a proposta de conter mínima quantidade de açúcar, gorduras, óleos e proteínas provenientes da carne vermelha e do frango, a dieta nórdica consiste principalmente na alta ingestão de fibras como a aveia e o centeio, de raízes, e de peixes e frutos do mar. Além disso, a dieta é muito eficiente e pode ser feita com o alto consumo de frutas, vegetais e a ingestão de tudo originário da natureza", explica Nicole.
Quando uma dieta do exterior ganha fama e se consolida como uma estratégia eficaz, é comum que sejam necessárias adaptações ao chegar a outros países. Isso acontece porque os ingredientes e os alimentos são, em sua maioria, difíceis de achar ou muito caros. Apesar disso, a dieta nórdica é extremamente rica em nutrientes que podem ser encontrados em diversos tipos de frutas, verduras, peixes e óleos, e por isso se torna fácil escolher aqueles que pode ser facilmente achados no Brasil. "No lugar das berries silvestres, entram as frutas vermelhas e roxas, que são ricas em antioxidante. Uma boa opção brasileira é o açaí, a pitanga, a uva e a jabuticaba. Peixes ricos em ômega 3 como o salmão, também pode ser facilmente encontrado, mas, para quem não quer investir num peixe caro como ele, a sardinha é uma ótima fonte desse nutriente (lembrando que o melhor é fazer o consumo das latinhas em óleo, já que as que estão conservadas na água podem sofrer contaminação por metais pesados). Além disso, a Chia é uma excelente fonte de fibra e também rica em ômega 3. Como a base da dieta nórdica são as verduras e os legumes, é recomendável ver quais as variedades cultivadas que você tenha fácil acesso. No lugar dos carboidratos, a dica é investir nos que chamamos de carboidratos complexos: o arroz integral e a mandioca são boas opções e fáceis de se encontrar no Brasil", esclarece a nutricionista Raphaela Peixoto.
(Por Martina Orlandini)