Quem nunca se sentiu mal com o próprio corpo? Vivemos em uma era onde a propagação da beleza e do skinny body é constantemente associada a um corpo bonito e saudável. O mundo da internet contribui para isso, o que acaba estimulando a fixação pela magreza e principalmente o aumento dos índices de ansiedade e depressão em jovens e adultos, podendo levar a problemas ainda mais sérios como os transtornos alimentares. Se uma corrente contribui para estimular com que a relação com a forma física ganhe outros olhos, ainda é comum que corpos magros e sarados sejam sonho de consumo de muitas mulheres. Purepeople entrevistou a nutricionista Nicole Magluf a fim de entender como a dieta do Fodmap se diferencia da dieta Low Carb e alerta sobre a carbofobia.
Sensação de muitos gases, distensões abdominais, episódios frequentes de diarreia ou diagnóstico de síndrome do intestino irritável? A boa notícia é que você pode se beneficiar bastante da estratégia dos Fodmaps. Mas do que se trata? Nada mais é do que uma estratégia voltada especialmente para pessoas que precisam melhorar a saúde do intestino, conforme explica Nicole Magluf: "O Fodmap é um grupo de carboidratos oligossacarídeos, dissacarídeos (lactose), monossacarídeos (frutose) que tem o poder de fermentar dentro do organismo de pessoas que apresentam dificuldades de digestão."
Segundo a especialista, alguns alimentos naturais podem interferir na má digestão. "Sucos de frutas (monossacarídeos), leite (dissacarídeo), cebola (oligossacarídeo) e lentilha (polissacarídeo) podem ser a razão da causa de alguns tipos de desconforto como gases, constipação e dores abdominais", lista ela, acrescentando que o plano alimentar apresenta melhoras na saúde rapidamente e é bastante benéfico se seguido corretamente, melhorando a absorção dos minerais, na qualidade de vida e na disposição. A ingestão de alimentos ricos em carboidratos como abacate e o mel podem vir a ser problemáticos em pessoas com alguma dificuldade de absorção. Entretanto, antes de cortar esses alimentos (que são ótimos!), consulte um profissional e veja se realmente há necessidade.
Criada especialmente para pessoas que têm excesso de ingestão de carboidrato, a dieta Low Carb é definida pelo baixo consumo do mesmo. Encontrados principalmente em vegetais ricos em amido, grãos e frutas, esse tipo de dieta enfatiza alimentos ricos em proteínas e gordura boas. "A estratégia dessa dieta se diferencia do Fodmap principalmente na questão da troca dos alimentos. No Fodmap, há a ingestão de raízes, grãos e fibras, que são considerados bons carboidratos, entretanto, não existe a ingestão de açúcar. Já na Low Carb, ocorre a diminuição dos carboidratos e não uma limitação, sendo considerada mais flexível", explica a nutricionista.
Apesar de ser uma estratégia adequada para quem quer perder peso, não tem um tempo fixo de tratamento. "A ideia da dieta low carb é fazer com que as pessoas indicadas percam o vício no açúcar, nos alimentos industrializados e na farinha branca. É um processo de reeducação alimentar que tem como objetivo fazer com que as pessoas se alimentem de maneira adequada", esclarece Nicole.
A profissional alerta ainda sobre a carbofobia. Essa fobia, como o nome já sugere e que a atriz Isabella Santoni admite ter sofrido, é o medo do consumo dos carboidratos: "Ultimamente eles vêm sendo taxados como o grande vilão da alimentação, o que acaba se tornando muito contraditório, uma vez que os carboidratos são essenciais, além de serem considerados uma das primeiras fontes de energia ao organismo. As pessoas precisam por em mente que excluir o carboidrato não é a solução, e sim fazer a troca dos carboidratos simples, como açúcar e farinhas brancas, por carboidratos saudáveis, de alto valor nutricional." Além disso, uma dieta completamente restritiva acaba sendo a fonte da compulsão. Por isso, é preciso de atenção e principalmente, um acompanhamento especializado.
(Por Martina Orlandini)