Mãe de quatro filhos, Maria, Felipa, José Joaquim e Pedro Henrique, Cláudia Abreu deu uma dica para quem também tem família numerosa. Clicada com frequência ao lado dos meninos, a atriz foi entrevistada do "Conversa com Bial" exibida na madrugada desta terça-feira (11). "Eu fico muito atenta (à subjetividade de cada filho) a isso. Eu gosto, às vezes, de sair só com um para procurar saber o que está acontecendo", apontou a mulher do diretor José Henrique Fonseca.
A atriz explicou o motivo de fazer programas de cada vez com cada herdeiro. "Às vezes não tem esse espaço, coloca dois para dormir ao mesmo tempo. E você precisa de um tempo para saber o que está acontecendo. 'Tudo bem na escola?', 'tudo bem com os amigos?', 'tá difícil', 'tem alguma coisa que você não está entendendo na escola e tá com vergonha de perguntar'?", enumerou Claudia. "Esses detalhezinhos podem passar despercebidos e são importantes", acrescentou ela, que abre mão da beleza em prol dos filhos de 16, 10, 7 e 6 anos.
Na conversa com o jornalista, a atriz reforçou a preferência pela família grande. "Costumo dizer que sou mulher anacrônica. Mas não foi nada planejado. Acho tão legal", disse a atriz longe das novelas desde "A Lei do Amor", na qual adotou o corte joãozinho. "Dizem que é melhor cuidar de quatro do que de um", apontou Bial. "Um só você fica muito neurótica e obsessiva. Quando você vai trabalhar ou viajar só com o marido, se deixa um (em casa) dá muito nervoso. Se deixa uma galera, eles se bastam de certa maneira", completou, com bom humor a mãe de Maria, a quem é comparada pela semelhança física.
No programa, Claudia, roteirista da série infantil "Valentins", inspirada em sua família, lamentou a ausência na TV aberta de programação voltada para as crianças. "Na minha infância foi importantíssimo ter visto 'Os Trapalhões', 'Sítio do PicaPau Amarelo'. (...) Mas também gosto muito de ler com meus filhos", disse, completando que os herdeiros adquiriram o hábito da leitura e que tem projeto com a autora de livros infantis Ana Maria Machado.
(Por Guilherme Guidorizzi)