Após Faustão fazer seu transplante de coração no Hospital Albert Einstein e agradecer emocionado a família do doador ficou uma dúvida no ar. O que aconteceu com o seu velho coração? O procedimento delicado feito no apresentador de 73 anos foi feito com sucesso, mas e depois?
Ilka Boin é coordenadora de transplante hepático da Unicamp, Universidade Estadual de Campinas, segundo ela o órgão não saudável passa por uma análise. Ao R7, Ilka disse:
"Todos os órgãos retirados são, obrigatoriamente e por lei, enviados para exame de anatomopatologia para que seja confirmada a doença de base. Isso ocorre de forma imediata". No caso de Faustão foi no último domingo (27).
Ainda de acordo o R7 que ouviu também Luiz Fernando Ferraz, professor e doutor do departamento de Patologia da FM-USP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), o órgão retirado passa por análise séria no caso de Faustão não será diferente.
"Quando encaminhado para a análise anatômica e patológica, o patologista analisa o órgão externamente, verificando possíveis alterações, se peso e tamanho estão adequados ou foram afetados por alguma doença e, depois, [o órgão] é aberto para ver possíveis alterações e lesões internas. A partir disso, são coletados pequenos fragmentos, de cerca de 1 cm cada, que serão examinados no microscópio", revelou.
Depois disso o órgão é colocado em um recipiente com formal até que a análise seja concluida. Isso pode levar um mês. Depois, a regra é descartar conforme estipula a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por uma espécie de incineração.