O Carnaval de 2022 em São Paulo acaba de ser cancelado - pelo menos em relação à festa de rua, que também foi vetada na cidade do Rio de Janeiro. Por enquanto, o desfile das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi segue confirmado, já que o evento é pago e exigirá passaporte vacinal.
Nesta quinta (6), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) fez um pronunciamento explicando o que o motivou a cancelar os blocos de rua na cidade, já que já havia confirmado quase 700 deles no fim de dezembro. Em um rápido discurso, o político explicou que está seguindo as orientações da ciência, mas admitiu que chegou a propor um Carnaval diferente à Vigilância Sanitária para tentar não perder a festa completamente.
"O cenário epidemiológico indica que, na cidade de São Paulo, nós teremos que cancelar o Carnaval de rua. Existiu uma proposta de se fazer um Carnaval controlado, com passaporte da vacina em ambientes grandes e abertos, como o Autódromo. Também foi sugerido pela Vigilância [Sanitária] que [a ideia] não ocorresse, portanto, também está descartada essa possibilidade", explicou Nunes nas redes.
Apesar de ter sugerido contornar o cancelamento, o prefeito Ricardo Nunes agradeceu a equipe da saúde responsável pela decisão do veto, e afirmou que acredita totalmente nas análises dos cientistas responsáveis. Ele chegou a dizer que a decisão final, antes marcada para ser anunciada no próximo dia 10, foi adiantada para atender a seu pedido.
"Mas enfatizar isso: decisões da prefeitura baseado na ciência, o respeito aos técnicos da saúde. E deixar aqui meu agradecimento muito especial, tenho certeza de que vocês, pelo que viram aqui, também concordam com a responsabilidade, o comprometimento da nossa equipe da saúde, a dedicação", enfatizou.
Por conta das festas de fim de ano, as capitais do país passaram a registrar um verdadeiro "boom" no aumento do número de casos de Covid-19, em especial de pacientes com a variante ômicron, que é mais contagiosa. Até o momento, além de Rio de Janeiro e São Paulo, também cancelaram a folia Salvador, Maceió, Recife, Campo Grande, Cuiabá, Teresina, Belém, Fortaleza, Florianópolis, Curitiba e São Luís.