O Rio de Janeiro não terá seu tradicional Carnaval de rua em 2022. A decisão foi informada pelo prefeito Eduardo Paes nesta terça-feira (04). Este é o segundo ano consecutivo que a cidade não terá blocos devido à pandemia do Coronavírus. A decisão vai em direção contrária aos desfiles das escolas de samba, que foram confirmados.
Segundo Eduardo Paes, para se ter os blocos de rua, seria preciso organizar a cidade com antecedência. Durante a explicação, o prefeito citou que estava sofrendo pressão dos patrocinadores por bater o martelo em uma decisão.
De acordo com informações do portal "G1", foram investidos cerca de R$ 40 milhões em infraestrutura, como em banheiros químicos, por exemplo, que são instalados pela cidade principalmente por causa da festa gratuita.
"Diante desse cenário todo, eu chamei hoje as ligas dos blocos (...) e informei a eles da inviabilidade do carnaval de rua", explicou.
Vale lembrar que de acordo com informações do jornalista Gabriel Barreira, do portal "G1", infectologistas da UFRJ e da Fiocruz criaram um protocolo com cinco pontos indispensáveis para a realização do Carnaval no Rio. Desses, apenas dois são uma realidade atualmente: a taxa de vacinação, que mantém índices satisfatórios, e a fila de espera para internação, que por enquanto está zerada. Isso faz com que a realização do evento na cidade fique inviável.
Eduardo Paes ainda explicou que propôs uma alternativa para que a festa de rua não seja muito comprometida. Segundo o prefeito, ele disse para o patrocinador organizar eventos ao longo de fevereiro, de graça, com os principais blocos.
Tais eventos seriam realizados em três pontos da cidade, onde pudesse haver controle da entrada do público. A proposta não foi bem aceita pelos blocos.
"Eles ficaram de fazer uma contraproposta", explicou.
E não foi só o Rio de Janeiro que foi barrado no baile. O Carnaval de 2022 já foi cancelado em diferentes cidades do Brasil. Em São Paulo, que chegou a confirmar quase 700 blocos, o secretário de saúde disse apenas que a decisão final sobre a festa precisa acontecer até o dia 10 de janeiro, já que essa é a data limite para que os órgãos responsáveis recebam o parecer da Vigilância Sanitária.
Ao todo, até o momento, quatro cidades cancelaram a festa de rua: Cuiabá, Curitiba, Fortaleza e Salvador.