O Carnaval de 2022 na cidade de São Paulo chegou a ganhar mais um capítulo a favor da festa no último dia 30, quando uma nova lista de blocos de rua foi divulgada pela prefeitura. Agora, no entanto, a cidade pode entrar de vez no grupo de municípios que disseram "não" à festa. O prazo limite para que a decisão seja anunciada é até o dia 10 de janeiro.
De acordo com informações do portal "G1", que conversou com Edson Aparecido, secretário municipal da Saúde, a data é a mesma exigida da Vigilância Sanitária, que precisa liberar um parecer sobre a situação. O órgão, vale lembrar, é o mesmo que desaconselhou, anteriormente, a festa de Réveillon na cidade, o que foi acatado pela prefeitura.
O próprio prefeito, no entanto, chegou a dizer que não enxerga a necessidade de cancelar a folia nas atuais circunstâncias, embora a declaração tenha sido feita antes do aumento do número de casos de Covid vinculados à variante ômicron. Além da doença, vale lembrar, o país começa a passar por uma epidemia de gripe.
Justamente por causa do cenário preocupante em relação à saúde, a prefeitura pode tomar decisões discrepantes para o Sambódromo do Anhembi e os blocos de rua. Pela possibilidade de se controlar a entrada do público e de se exigir passaporte vacinal, o município deve seguir a linha do Rio de Janeiro, que "garantiu" a Sapucaí, e dar o sinal positivo para as agremiações.
Os cortejos abertos ao público, no entanto, não devem receber a mesma resposta, já que seria impossível controlar desfiles gratuitos, em meio às vias públicas da cidade. Por isso mesmo, aliás, vários blocos já cancelaram a participação na festa, principalmente aqueles com grandes artistas à frente, como Pipoca da Rainha, com Daniela Mercury, Bloco do Abrava, com Tiago Abravanel, e Bloco das Gloriosas, comandado por Gloria Groove.
A preocupação das autoridades não é a única. Na web, diversos internautas têm lotado de comentários os perfis de prefeitos ao redor do país, sempre pedindo o completo cancelamento da festa. Uma pesquisa da empresa Quaest, realizada no início de dezembro, mostrou que, ao todo, 88% da população é contra a folia e prefere esperar o ano de 2023 para festejar.