O Carnaval de 2022, que está previsto para o final de fevereiro, ainda está longe de ser confirmado nas principais cidades do país. Uma pesquisa mostrou que mais de 85% da população é contra a festa, enquanto o Ministério da Saúde argumenta que insistir nos cortejos e desfiles é abrir uma porta para a criação de uma nova variante.
Em resposta aos sinais de cancelamento, um camarote de Salvador, um dos maiores da cidade, decidiu mudar o local da própria festa e reforçar que se trata de um evento privado - que aliás costuma ser frequentado por nomes de peso, como o próprio Neymar.
Agora, o chamado "Camarote Salvador" vai acontecer no Centro de Convenções de Salvador, na orla da Boca do Rio. A ideia é que as festas, previstas para os seis dias de Carnaval, aconteçam entre 19h e 6h, com participações de Ivete Sangalo, Léo Santana, Thiaguinho, Alok, Jorge e Mateus, Dennis e mais. Os ingressos variam de R$ 1.550 a quase R$ 14 mil, a depender da quantidade de dias.
Enquanto isso, alguns artistas têm avaliado a possibilidade de não desfilar em 2022 durante o Carnaval por causa da pandemia. A preocupação de muitos e até de boa parte do público é em relação à nova variante da Covid, a ômicron.
Preta Gil, por exemplo, foi a primeira a afirmar que não vai colocar o "Bloco da Preta" na rua em fevereiro. A cantora relatou a decisão durante um programa de TV, mas não entrou em detalhes. No último dia 3, foi a vez de Daniela Mercury cancelar a própria programação. Ela disse que, dentro os eventos que se mantiveram, tentará exigir o comprovante de vacinação para permitir a entrada do público.
Na contramão dos artistas, os prefeitos de São Paulo e do Rio de Janeiro não deram sinais de que pretendem cancelar a folia - pelo menos não por enquanto. Ricardo Nunes (MDB), à frente da capital paulistana, chegou a dizer que "não via necessidade" de proibir nada no momento. É provável que ele e Eduardo Paes (PSD) só batam o martelo sobre o assunto em janeiro.