O Carnaval de 2022 em São Paulo segue, por enquanto, mais do que firme no calendário da cidade. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) falou brevemente sobre o assunto durante a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na área central do município nesta quinta (9), e classificou a possibilidade de cancelamento da folia como desnecessária.
"Obviamente, se tivesse uma situação da ômicron que nos colocasse em alerta, que ela fosse mais grave do que as outras variantes, que a saúde colocasse, eu cancelaria", começou Nunes, citando a nova cepa que vem causando preocupação global. "Mas hoje, sinceramente, com muita tranquilidade, não tem necessidade de tomar essa decisão agora", avaliou.
"Não tem por que cancelar o carnaval agora, seria prematuro", definiu o prefeito. As informações são do portal "G1".
Vale lembrar que a lista oficial de blocos já foi liberada e reúne mais de 400 cortejos pela cidade. O Bloco da Preta, comandado pela cantora Preta Gil, chegou a ser incluído, mas a artista já avisou que não vai desfilar.
Enquanto Ricardo Nunes descarta cancelar o Carnaval de 2022, que está previsto para o final de fevereiro e início de março, o Ministério da Saúde deixa claro que tem outra opinião sobre o assunto.
Rosana Leite de Melo, chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, afirmou que acha arriscado a festa acontecer, em especial porque não há apenas o problema do aumento do número de casos da nova variante ômicron, mas porque as aglomerações poderiam gerar o nascimento de uma outra cepa, essa brasileira.
"É impossível não ficarmos aglomerados e nós sabemos que mesmo o indivíduo estando com seu esquema vacinal completo, até com dose de reforço, ele pode se contaminar", destacou a secretária.
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o Carnaval também segue confirmadíssimo. Mas a decisão das autoridades de manter a folia por enquanto, vale lembrar, não significa que a festa vai acontecer, uma vez que ainda restam dois meses até fevereiro. Tanto Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio, como Ricardo Nunes, por exemplo, chegaram a confirmar o Réveillon, mas voltaram atrás em relação aos shows na sequência.