O Carnaval de 2022 já tem data, mas a população brasileira está mais interessada em adiar a festa do que qualquer outra coisa. De acordo com uma pesquisa do Quaest, realizada em todo o território nacional entre os dias 2 e 5 de dezembro, 88% dos entrevistados acreditam que a folia deveria ser cancelada. As informações são do jornal "O Globo".
Dos 12% restantes, 9% defendem que o Carnaval precisa acontecer com tudo liberado, enquanto outros 3% preferiram não opinar. Quando se observa apenas os evangélicos entre as pessoas ouvidas, o número de desaprovação à festa cresce, chegando a 93%.
Vale lembrar que, até o momento, mais de 140 cidades já disseram não ao Carnaval, e a tendência é que o cancelamento se alastre para outros municípios. Só em São Paulo, 71 prefeitos já vetaram a folia, embora a própria capital esteja caminhando na contramão - Ricardo Nunes (MDB) chegou a liberar a lista oficial com a programação dos blocos de rua, por exemplo.
Para completar, alguns artistas já estão começando a rever as apresentações durante o Carnaval, uma vez que até a Organização Mundial da Saúde (OMS) já destacou os perigos da variante ômicron, que fez sua primeira vítima nesta segunda (13). O Brasil já tem casos confirmados da nova cepa.
Preta Gil, que tradicionalmente comando o "Bloco da Preta", avisou que não vai colocar o próprio cortejo na rua até 2023. A cantora não deu detalhes, mas fez o comunicado durante uma participação no programa "Domingão com Huck". Ela também disse que, antes de tomar a decisão, chegou a se inscrever para desfilar tanto em São Paulo quanto no Rio.
Em pronunciamento oficial, a chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosa Leite de Melo, disse que o órgão não aconselha que a festa seja mantida na programação das prefeituras e que a insistência na festa pode provocar não apenas o aumento do número de casos de ômicron, como também a criação de uma nova variante da doença.