O diretor de entretenimento da TV Globo, Ricardo Waddington, comentou sobre a polêmica demissão de Camila Queiroz da emissora. As declarações foram dadas em entrevista à coluna de Tony Goes, na Folha de S. Paulo. "Para estender seu contrato por apenas sete diárias a mais, Camila Queiroz fez um conjunto de exigências que não existe no mundo da produção audiovisual", relata o profissional.
Ricardo confirmou que Camila tentou alterar o desfecho da personagem Angel em "Verdades Secretas 2", que morreria em um dos finais escritos por Walcyr Carrasco. "O Tony Ramos não pode fazer isto, a Fernanda Montenegro não pode fazer isto", alfinetou.
Waddington também revelou que uma das exigências da artista, que fez a primeira aparição pública após a polêmica, era ter o poder de opinar em peças publicitárias de uma eventual terceira temporada de "Verdades Secretas". "A campanha publicitária não é de responsabilidade dos Estúdios Globo. Nem eu tenho como garantir nada para ela. A campanha obedece a uma lógica de marketing e temos especialistas que estabelecem essa lógica. Eu tenho 39 anos de Globo, 39 anos que eu trabalho com elencos, e nunca havia visto nada parecido", afirmou.
Funcionário da Globo há quase 40 anos, Waddington afastou as acusações de que o rompimento com Camila seja uma represália pela parceria da atriz com a Netflix, que continuará na segunda temporada de "Casamento às Cegas". "Independentemente do que aconteceu na relação contratual de Camila conosco, o que motivou sua saída da emissora foram as exigências que ela fez para cumprir uma extensão de apenas sete diárias", explicou.
Em nota oficial, a equipe da ex-modelo alega que os "os últimos acontecimentos deixam claro que a empresa tentou puni-la exclusivamente pelo fato de ter tomado a decisão unilateral de readequar o formato de seu contrato com a TV Globo no passado".