Ludmilla ganhou o apoio de ONGs após ter sido chamada de "pobre macaca" por Marcão durante o quadro "Hora da Venenosa", do "Balanço Geral DF", da Record TV Brasília. Em sua defesa, apresentador demitido da emissora alegou ter usado um vício de linguagem, pediu perdão para a funkeira, mas disse que a cantora hoje "vive de processos". O Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social e o Andi - Comunicação e Direitos entraram com representação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo providências.
No programa exibido no início da tarde, Marcão comentou a suposta negativa de Ludmilla em atender fãs em procissão marítima e em restaurante do Rio. A intérprete de "É Hoje" negou qualquer mal-estar com os admiradores e chamou de "desrespeito absurdo" o comentário do apresentador. Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal "Folha de S.Paulo", nesta sexta-feira (20), a fala do apresentador ofendeu não apenas à cantora, como os negros em geral e caracterizou discriminação racial, na visão das ONGs.
As organizações afirmam também que houve desrespeito "às normas em vigor para a radiofusão brasileira e demais leis do ordenamento jurídico" pela Record, concessionária de um serviço público. As ONGs pedem direito de resposta aos grupos atingidos e também indenização por danos morais coletivos. Esses pedidos ainda estão sendo analisados pelo MPF. A emissora de Edir Macedo em um primeiro suspendeu Marcão, porém logo depois anunciou a rescisão do seu contrato.
(Por Guilherme Guidorizzi)