Marcão, demitido da Record TV Brasília após chamar Ludmilla de "pobre macaco", pediu desculpas para a funkeira, mas alegou que não ter tido a intenção de ofender a cantora. "O que é racismo? Em momento algum cometi um ato racista. Até porque a minha filha é fã da Ludmilla. E no aniversário da minha filha, eu dancei Ludmilla", frisou em entrevista nesta quinta-feira (19) para a rádio Gaúcha. "Eu peço perdão para ela e para os seus fãs", afirmou.
Em vários momentos, o apresentador se defendeu, novamente, alegando ter usado um "vício de linguagem". "Se eu tivesse citado uma pessoa branca, não tinha acontecido nada disso. As pessoas editaram o vídeo da maneira delas para tentar denegrir a minha imagem", apontou. "Se você andar no Centro-Oeste, Nordeste, Norte, vai ver que todo mundo fala que quando uma pessoa subiu na vida e quer fazer graça, eles falam assim: 'rapaz, você era pobre macaco e agora está querendo aparecer nas costas das pessoas?'", explicou.
Ao comentar a frase de Marcão, a funkeira afirmou que era um "desrespeito absurdo". Já o ex-comandante do "Balanço Geral DF" disse ter recebido apoio após sua demissão, algo não assinado por ele. "Sou uma pessoa íntegra. Jamais teria coragem de humilhar ou ter ato racista. Todas as pessoas que usaram da maldade contra mim vão pagar e vão pagar caro", disparou o apresentador. A polêmica começou quando Marcão comentou a suposta recusa de Ludmilla em tirar fotos com fãs - fato negado pela cantora.
No início da entrevista, Marcão disse que a intérprete de "É Hoje" tem feito poucos shows. "Na realidade, hoje no país tudo o que você fala no é motivo para as pessoas falarem que é bullying, que é racismo, tudo isso. Na realidade, o que houve foi o seguinte: durante o programa ('Balanço Geral DF') houve, como sempre houve em outras ocasiões assuntos ligados a Ludmilla", iniciou.
"A Ludmilla entrou com ação contra outra pessoa porque a pessoa falou que o cabelo dela era preto. Ela vai lá e processa a pessoa. A Ludmilla entrou com ação contra outra pessoa porque falou que o short dela era preto. Aí ela vai lá e processa a pessoa. Ela tá vivendo hoje de processos e não de shows. Até porque está muito em baixa para a cantora. E mais um ato que nem sabemos se o nome dela é Ludmilla ou Kátia", acrescentou se referindo quando a funkeira se passou por outra pessoa temendo ser vítima de arrastão em praia do Rio.
(Por Guilherme Guidorizzi)